AS MENINAS
Sou fã declarada de Maitê Proença, por ela ser inteligente, bela, escritora, atriz, pintora e não ter medo de se expor. Seu drama familiar foi transformado num romance e agora numa peça de teatro. Haja coragem. É bem verdade que ela exorcisou o fato e deve se sentir muito melhor, depois disso. Acho que é a única pessoa que tenho a certeza de ser fã, atitude que não me vejo tendo com nenhum outro artista.
Bem, li o livro (o comentário está aqui no blog) e fui ver a peça. Que delícia!! Fiquei fascinada, atenta e não perdi uma única palavra, coisa rara em se tratando de teatro e de dicção de atores, também estava na primeira fila. O texto é dela e de Luís Carlos Góes e teve a sorte de contar com um elenco excelente, onde todas estão primorosas na composição de seus personagens. A peça conta a história de Consuelo, mãe de Rubi morta pelo marido a facadas por ter sido encontrada com o amante na cama do casal. A trama se passa no velório e longe de ser macabra é uma gargalhada só, por conta do texto engraçado e da interpretação das atrizes. Um achado foi a morta se levantar do caixão e transitar pelo espaço lembrando passagens de sua vida. A direção é de Amir Haddad que dessa vez acertou em cheio. A marca do Tá na Rua na abertura e no meio da peça. Rever Analu Prestes em grande forma, o encanto de Clarice Derzié (como é linda e como está diáfana no papel da mãe morta), Sara Antunes, Patrícia Pinho e Vanessa Gerbelli me fez sair do teatro com a alma em festa. Adorei os figurinos, a luz valorizou o espaço, enfim, tudo uma jóia. E a festa maior foi ver Maitê, como sempre muito, muito, muito bonita, com sua belíssima filha bem na frente da escada. Não me contive, fui até ela e balbuciei qualquer coisa. Engraçado, tenho essa necessidade mórbida de sempre ter de dizer alguma coisa pra Maitê.
Comentários
Bjs
Mas gostei, taí.
bjs,