CARNAVAL E O DESASTRE PLUVIOMÉTRICO, DESSA VEZ EM SÃO PAULO
Minas, São Paulo e Rio de Janeiro são assaltados por uma quantidade de água que cai do céu sem trégua. Uma barbaridade que faz com que morros desabem, casas em áreas de risco sejam destruídas, rios que viram mar e morte, muita morte dos terráqueos locais. Quando não é a chuva, é o terremoto, ciclone e fenômenos correlatos. Em todo o planeta. Nem bem nos recuperamos do horror turco e sírio e nos debruçamos sobre as mazelas daqui. Eu fico muito mexida, parece que sofro na carne o drama dessas pessoas, que na minha idade não é muito aconselhável. Leio no jornal de hoje que a omissão das prefeituras brasileiras é estrondosa. Gostaria de dizer criminosa, pelo tanto de verba que poderiam usar para prevenir, ou quem sabe, atenuar o horror anunciado, e não usam. O pobre mora em qualquer lugar. Como não pagam IPTU, as prefeituras fecham os olhos e a tragédia fica no aguardo. E quando entra em cena, o terror vira protagonista. Aqui, em Petrópolis, o caso é sério. Na minha cabeça acho que daqui há menos de 50 anos, o centro de Petrópolis não vai resistir com tanta chuva. E pode desaparecer. Não estarei aqui para comprovar, mas pelo andar da carruagem, posso estar certa. Penso também, que nos dias de hoje, para agradar partidos políticos, governos estaduais, municipais e federais usam verbas para acomodar aliados, os famosos aspones - assessores de porra nenhuma, e com isso o dinheiro desviado para eles, com certeza, falta para investir em obras de infra estrutura, saúde e educação. Maldita hora em que essa quantidade de aspones invadiu o poder público.
Enquanto o Carnaval rola, equipes estão salvando paulistas. Tristeza infinita. E ainda tem o povo yanomami, castigado por seus irmãos brancos, gananciosos pela riqueza nas terras indígenas, com o aval de poderosos, que duvido, serão punidos algum dia. Sei não, mas o quadro humanitário do momento é dos mais graves.
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