TODOS SE VAN- filme cubano
Sérgio Cabrera é o diretor deste filme sensível e lindo. É a história de Nieve Serra uma niña cubana de 9 anos com talento inato para a escrita. Escreve e documenta tudo que se passa na sua vida. Vive com a mãe, uma mulher com personalidade forte que questiona alguns valores de seu país e que divorciada do pai da Nieve, mora com um sueco, que faz um trabalho temporário em Cuba. O pai da menina é retratado como um sujeito violento, dado a beber, pouco inteligente e totalmente xiita aos preceitos da revolução cubana. Vive com antolhos sem perceber o quanto de autoritarismo e burrice estão presentes no comportamento que é exigido dos cubanos. Tudo pela la Revolución. Aliás um atraso e me pergunto como é que brasileiros do porte de Chico Buarque de Hollanda puderam louvar Fidel e sua política de merda, que pode ter sido boa no início, mas que depois amordaçou o povo de tal maneira, que não foram poucos os que morreram ou foram amordaçados por pedirem liberdade de expressão.
Adorei o filme, porque vi como é cruel você viver numa ditadura daquelas- sem esquecer que vivenciamos uma também, menos longa -20 anos, e Brasil não é Cuba. Me parece que a coisa lá foi pior. Os cubanos tiveram educação e saúde de qualidade, o que acarretou uma população com nível acadêmico bom porém sem emprego e sem salários, e consequentemente sem dinheiro para o básico, apenas o essencial. Dureza. O que adiantou? Não podiam sair de Cuba, o que o filme mostra numa das cenas finais, em que fica claro como a ignorância impera nos funcionários que detêm poder de decisão. Lamentável. Indigna, o que o filme mostra bem. O Brasil também tem esse tipo de funcionário ou pessoas que se julgam acima do bem. Deve ser herança latina. Vejam o filme, está na grade do telecine Cult.
Se empresas estrangeiras se estabelecerem em Cuba, penso que o pequeno país vai deslanchar por conta do nível acadêmico da população. São qualificados, e aí minha gente a ilha vai bombar.
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