LULA X LINCOLN
Sai arrebatada do cinema. Meu deus, Daniel Day- Lewis é um ator extraordinário. Não é sempre que surge um ator assim; há vários espetaculares pelo mundo afora, inclusive no nosso país tropical, mas o requinte de seu trabalho está na riqueza de detalhes de sua atuação, na maneira como ele estuda e desenha o personagem que vai dar vida. Li em algum lugar, que ele sonhou com a voz que daria ao seu Lincoln, isso já é uma demonstração da sua obstinação artística. Me lembro também da dor que causou a Isabelle Adjani, com quem tem um filho, quando terminou o relacionamento por email, ou era fax? Nem sei mais. E o mundo compartilhou a dor da francesa. Bem, voltando ao Lincoln. Spielberg dirigiu um elenco e tanto, é outro mestre, e através dele e de alguns outros vamos tomando conhecimento da história dos EUA, sempre em cores e com muita maestria. Lula se comparou ao Lincoln; disse que estava lendo (ôba, ele agora lê) a biografia do estadista americano e que viu pontos em comum com ele - a perseguição que a mídia tem contra ele. Olha só que coisa. Espero que só tenha sido isso mesmo, pois pelo que eu vi, Lincoln em nada se assemelha ao Lula, e o filme não mostra a implicância da mídia; mostra sim parlamentares de oposição esbravejando e se contorcendo com qualquer coisa que venha do presidente. No filme a 13 Amendment. Aquele, alto, magro, de fala mansa, culto, advogado, leitor assíduo, deixou um legado. Os EUA tiveram presidentes medíocres, mas aqui, não consigo pensar em um que mereça um filme. Bem, o Breno Silveira filmou a vida de Lula, o filho do Brasil, mas não foi sucesso e nem concorreu ao Oscar. Que pena, e olha que sou fã de Breno
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