A CATÁSTROFE NO RIO DE JANEIRO
Quando vi as primeiras imagens do desabamento do prédio na Rua 13 de Maio fiquei estarrecida. Em momentos como esse é que nos damos conta, ou pelo menos eu, que a vida pode acabar de uma hora para outa, sem aviso prévio. O Rio de Janeiro sempre foi atípico, um povo anárquico, que por não gostar de sinal fechado, como já disse a Calcanhoto, também não gosta nada de outras formas de obediência e civilidade. Cada um faz o que quer, ajudado muitas vezes pelos olhos sonolentos dos órgãos públicos. Morei em um prédio em Botafogo, onde alguns moradores faziam pressão para que o síndico abrisse janelas numa na parede externa. Ele disse não, as pessoas ficaram indignadas e hoje eu agradeço a ele por não ter permitido. Eu mesma, tinha achado uma ótima ideia. E assim outras pequenas obras surgiram, sem a licença da prefeitura e que no futuro, talvez possam oferecer riscos maiores. Se diminuíssem a quantidade de papelada, essa burocracia dos infernos que atrapalha mas do que ajuda, a agilização para os pedidos de obra surtisse mais efeito. Não vai haver fiscalização por parte da prefeitura, não há funcionários disponíveis para isso, o jeito é confiar no síndico e cada um exercer uma cidadania responsável.
Com certeza, o Rio de Janeiro está de luto, estamos todos.
Comentários