MARA RÚBIA, a loura infernal
Quando Mara Rúbia começou no teatro de revista, eu nascia, e cresci ouvindo falar sobre ela, vendo fotos e me maravilhando com a sua beleza, ela era vedete e para ser vedete a mulher tinha que ser linda e ter corpo escultural. Meus pais não frequentavam o teatro de revista, portanto minha informação sobre a vedete era toda de ouvido. Tão pouco vi Mara na televisão, mas tive o imenso privilégio de conhecer a filha dela, Therezinha , e me tornar sua amiga. De quebra veio a sua família, Luís, os filhos, mais a Silva, cunhada e o marido. Gente à bessa. E o meu encontro com Mara Rúbia se deu no ocaso de sua vida, quando já estava alquebrada pela doença. Ao conhecê-la, fiquei bastante emocionada e triste também, porque era devastador o estado em que se encontrava. Enquanto olhava para os seus retratos na parede, onde uma mulher radiosa iluminava a foto, via a senhora, que em nada lembrava a artista, se despedindo da vida, numa cadeira de rodas.
Muitas das histórias do livro, Therezinha já tinha me contando e sempre me surpreendia com elas, pois mostravam uma mulher diferenciada das que eu conhecia, uma mulher que enfrentou todos os preconceitos com cabeça erguida, criou ou filhos, e construiu uma carreira bonita e respeitada.
O livro MARA RÚBIA, a loura infernal é um ato de amor de uma filha para a sua mãe, um documento sobre uma atriz importante para o teatro brasileiro. Ísis Baião e Therezinha Marçal escreveram um livro, cuja narrativa é gostosa de ler (dei boas risadas), onde Mara é envolvida com camadas e camadas de ternura e respeito, houve momentos em que me perdi nas fotos da loura, tentando ouvir sua voz, sua risada (todos podem ver e ouvir no youtube), e foi com uma saudade antecipada que cheguei ao ponto final.
Parabéns às minhas queridas amigas, e que o livro suscite curiosidade e que tenha boa vendagem.
Comentários
Parabéns pelo Blog. Li quase tudo.
Bjks.
Victor.