O ADEUS AO JAGUAR
Lembro com saudades de como era bom ler o Pasquim. Era um jornal moderno, trazia uma linguagem nova, bastante coloquial e carioca, e as entrevistas eram bárbaras. Como esquecer a de Leila Diniz, musa na época, recheada de palavrões com asteriscos. Ela era desbocada mesmo e foi revolucionária. Me pegunto o que ela acharia hoje da mesmice que nos cerca. E teve também a de Ítala Nandi, em que falava do sexo livre, o que mudou a minha cabeça. Enfim, O Pasquim também tinha Ziraldo e Tarso de Castro, que se foi prematuramente. Eram jornalistas diferenciados e a turma jovem da época consumia o jornal como hoje se consome as redes sociais, embora eu tenha a impressão que o reduto era mais entre os jovens da zona sul carioca. Será que essa percepção é equivocada? Quem se foi agora atendia pelo nome de Jaguar, um gênio.
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