O BARULHO AO REDOR
Há muita dificuldade de se disciplinar o ruído ao redor, digamos, num Condomínio, onde as pessoas se sentem donas do lugar. Vou falar dos lugares onde morei. No Rio foram anos infernais morando no terceiro andar de um prédio em Botafogo com um play enorme onde crianças e jovens trancafiados podiam gritar a vontade e ainda chutar a bola de encontro a parede com toda a força de seus corpos em crescimento. Odiei morar lá, mas como pagava uma hipoteca só pude me mudar quando quitei a dívida. Não tenho um pingo de saudade. Vim para Petrópolis e hoje moro num condomínio de casas situado entre duas comunidades, que não estão nem aí para as regras de boa convivência. E, voilà, aqui mesmo, quando resolvem promover festas na sede social com música ao vivo. E que incomodam. Muitos vizinhos reclamam, mas a turma entusiasmada por eventos sociais aplaude. Reclamam dos que reclamam, e fica por isso mesmo. Quem reclama é chamado de velho, mesmo que não o seja, mas é verdade, quanto mais velhos ficamos, menos tolerante somos. Mas o que não pode, é o som vazar e incomodar quem não está na festa. É simples não é? Mas, a dificuldade extrema de obedecer e respeitar não existe no vocabulário dessa turma.
Um outro ponto crucial são os latidos dos amigos de quatro patas. O dia inteiro e de vários pontos. Aqui é um vale, então, é um inferno diuturno, e vai fazer o quê? Há moradores que se lixam para isso e outros, como eu, que chamam pelo cão, o tempo todo, e ele não obedece. Outra questão.
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