O Ninho de Manon

Já moro aqui há 12 anos e fico pasma ao ver que nunca houve nenhuma obra na Estrada União e Indústria para melhorar o fluxo de veículos, cada vez mais intenso e engarrafado, na língua que se estende do centro de Petrópolis até Pedro do Rio. É realmente extraordinário assistir de camarote a incompetência da Prefeitura. Cada vez mais veículos, a frota de ônibus é ridícula com trajetos que nunca foram aperfeiçoados, ou com outros veículos menores que atendam melhor a população, enfim, está tudo muito ruim. E quando há eventos no Parque Exposição o cenário é de deixar os moradores e comerciantes muito enraivecidos, simplesmente porque o engarrafamento é total e por muitas horas. Há que celebrar a abertura do Parque depois de um lockdown extenso, mas um mínimo de planejamento e obras há que haver e a tendência é a piora constante a cada dia, a cada mês, a cada ano.   Entra prefeito, sai  prefeito, nada muda.

Não tenho nenhuma benevolência em quem usa o nome de deus a torto e a direito. Cresci com esse comportamento, já usei-o várias vezes, até que comecei a questionar a existência de deus. Não acredito, tá? Agora, é no mínimo curioso e escalafobético ler os comentários de Milton Ribeiro falando muito em deus e na justiça divina e não cair na gargalhada. Assim como um dos pastores do MEC ameaçar abrir o bico caso alguém chegue perto da família dele. Quando falei em gargalhar foi eufemismo, porque a vontade foi usar todos os palavrões que conheço e insultar essa gentalha que arruinou a educação no Brasil. Este país vai precisar de muitas décadas para tirar o atraso que começou em 2018 e espero que acabe este ano. Caso não, coloco a minha viola no saco e não falo mais nada. 

Aline foi ótima escolha para ancorar o Jornal das 10. Ela é articulada e linda, mas quem cuida do vestiário dela merece ser substituída. Fico simplesmente horrorizada com o que Aline veste, totalmente incoerente. É um desfile de modelitos cafonas. É só ver as outras, Leila, Cecília, Andréia e Maria, Flávia, Ana Flor. A elegância está na simplicidade e no bom gosto. A minha opinião.  

Corrupção e da grossa no MEC. Tá bom ou quer mais? A saúde também, no auge da Covid, tudo documentado. E aí   como ficamos? A Amazônia neste governo, muito devastada,  quero saber quem são os donos do Vale do Javari?  Procuradores da República defendendo o assassino de Dom e Bruno?  Extraordinário, concordam?  A imprensa séria documenta o tempo todo os descalabros na política bolsonariana, os comentaristas políticos trazem o assunto à tona e nada acontece. Não tem mais passeata oposicionista, não se batem mais panelas, o povo está anestesiado? 

  A juíza está sendo investigada. E tem que ser mesmo. 

Camila Morgado encabeça essa primeira temporada de uma série policial, investigativa e bastante violenta. Ela encarna uma advogada criminalista, carrega um fato sombrio acontecido na infância, e cuja mãe está presa por ter matado o marido, o pai do personagem de Camila, dra. Heloísa Luz. As atrizes dão show de talento e beleza, e haja fôlego para acompanhar.    Victor Hugo Martins é um jovem ator, faz o filho de dra. Heloísa Luz, é talentoso, bonito e promete. Foi uma agradável surpresa, e Camila é simplesmente espetacular: voz, porte e carisma. Além de ser muito linda, sem precisar de tantos artifícios.

Onde moro se tornou um problemão, por conta de uma casa com 7 aposentos, numa rua acima da que moro, que foi construída para sediar o que quer que fosse, e realmente não há um fim-de-semana que não cause transtornos para os vizinhos do entorno. A segurança é chamada, os vizinhos esperneiam e absolutamente nada acontece. A música ultrapassa todos os decibéis, não há campainha na porta, e tudo fica fechado. Lá dentro ninguém ouve o que acontece do lado de fora. E a turma que protesta fica sem saber como agir. Há um outro problema: não somos condomínio de fato e sim loteamento, e por conta disso quando se quer disciplinar algum procedimento, nenhum síndico consegue. A briga entre o público e o privado é sacal. Outro exemplo: o lixo. Pagamos um recolhedor porque a prefeitura diz que é condomínio, então o caminhão por aqui não passa. Outro problema é a iluminação. Se o morador quer sua entrada mais iluminada que compre um poste e chame a Enel. Então, quando a festa dura três dias, com a mús

Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert são lindos, articulados, e nessas temporadas do programa no GNT deram show de goleada. São de uma simpatia a toda prova, no acerto dos convidados, e principalmente com dicas de culinária e de faça você mesmo estantes, puffs enfim qualquer coisa. Não sei se me expressei direito, mas fiquei impressionada com a habilidade de Fernanda colocando estantes nas paredes, reaproveitando um  pneu, colando sisal em volta fazendo um belo puff, enfim, há que se assistir ao programa e aproveitar as dicas. No último programa dessa temporada, que reuniu o ator, Mateus Solano, o filósofo, Mário César Cortella e o escritor indígena, Daniel Munduruku, que concorreu a uma vaga na ABL em 2021, e foi um dos finalistas do prêmio Jabuti, meu queixo caiu de vez. Foi uma gigantesca aula de tudo.   O programa transcendeu de tal maneira que na despedida, Fernanda não aguentou e se emocionou. Sim, o programa de vocês é ótimo, vão continuar com certeza.

Leio no jornal que o Supremo Tribunal Federal liberou o cultivo do Cannabis para três pessoas. Legal, e os milhares que usam o medicamento e pagam uma fortuna para adquiri-lo?   Ou o sujeito se filia a uma organização, que cobra de 300 a 350 reais anuais, preenche um formulário, assina um documento de ajuizamento, anexa protocolo médico, diagnóstico e paga o medicamento, que vai de 250 a 2.500 reais. O meu, custou 980 reais, taxa de importação foi de 180 reais, e foi por aqui em Petrópolis, com um estabelecimento autorizado. Poxa, meus sais. Paguei no cartão de crédito, em 2 ou 3 vezes, e rezo para que o meu médico me indique um outro Cannabis mais barato, porque não sei se vou conseguir sustentar essa despesa. Escrevi para o Supremo, torcendo mesmo que eles se debrucem sobre a causa, e nos aliviem dessa despesa.  Pra quem não sabe, o óleo de Cannabis é indicado para: epilepsia, demência, ansiedade e depressão, dores crônicas, autismo, reduz a velocidade de progressão da doença de Alzh

Acho que li a notícia no G1, e não acreditei. Como assim? Na Biblioteca Pública Estadual, hoje chamada de Biblioteca Parque? Com 200 pessoas trabalhando lá dentro e quase na hora de fechar? Uau.... Li também que a refém era empregada doméstica desempregada e estava dentro da biblioteca, como frequentadora, acho, na hora do sequestro.  O bandido segurava uma faca que estava no pescoço da vítima. Uau. Procurei por mais informação e não achei. A identidade dela não foi revelada, por mim nem precisava, mas acho que o que eu li sobre o caso não me convenceu. O Rio de Janeiro é a Medelín tropical.  Trabalhei na Biblioteca Pública por anos, e em diferentes estágios da minha vida. Lembro que no início da minha carreira no Estado, a biblioteca ficava num casarão, na presidente Vargas, com uma turma já próxima de se aposentar. Nós viemos com sangue novo e com muita vontade de trabalhar, e trabalhávamos. Eu já trabalhava no Consulado Americano e ficava horrorizada com o atraso dos procedimentos b

Bolsonaro candidato sempre deixou claro sua visão e suas intenções na Amazônia. Acreditaram nele e lhe deram o voto. De que reclamam? Neste pedaço, os que me leem sabem da ojeriza que tenho ao homem, mas hipócrita ele não foi, pelo menos em relação à Amazônia. A repulsa que a mídia expõe em relação ao desaparecimento criminoso do jornalista Dom e ao indigenista Bruno, reflete a de todos nós, inclusive vergonha e auto estima comprometidas por estarmos vivendo num país que retrocedeu décadas em todos os valores morais e civis que até então, vigoravam no país.   Duvido muito que consigam recuperar a soberania do Vale do Javari. O território está entregue, nas mãos de criminosos. Lamento profundamente essas mortes, assistir à mulher de Dom falando com a voz sangrando, é de doer em todos nós.

Sempre vivi num nicho, classe média carioca, zona sul, bom colégio particular, acesso a curso de inglês, musica no Conservatório de Música, natação no Fluminense, amigos na rua, andava de bicicleta pela Rua Jardim Botânico, me levavam ao cinema, ao teatro, inclusive o Municipal, meu pai sempre comentava as notícias do jornal Última Hora, enfim, outros tempos. O analfabetismo na década de 50 era de 40%. Cresci, fiz faculdade, fui trabalhar na Embaixada Americana, viajei para a Europa, vivi em Portugal, me casei, voltei para o Brasil, para o meu primeiro emprego, descasei e continuei a vida. Os empregados domésticos de então, assistiam à televisão nas suas casas, novelas ou o que fosse e falavam um português razoável. Bem, me aposentei e vim morar em Petrópolis, e comecei a tomar conhecimento do deep Brasil. Imagino nos outros grotões país afora. Onde quero chegar? Na ignorância escolar de muitos dos nossos empregados, no alfabetismo gritante. Falam muito errado, mal sabem ler, quando nã

Surpreendente. De novo a minha pergunta eterna: como podem os EUA serem nação de primeiro mundo com tanto fanático religioso pelo país afora: amish, mórmons,  fundamentalistas mórmons, mais seitas indianas que lá se instalam como a de Osho, na Califórnia, e sabe-se mais o quê. 60% da população de Salt Lake City é de religiosos fundamentalistas mórmons, e todos votam no  partido republicano. Assistindo a série é de se ficar horrorizado com a facilidade de manipulação daquele povo. É impensável que as criaturas não enxerguem o que se está fazendo com elas. Ainda mais nos EUA. Aqui, temos em outra escala a lavagem cerebral de pastores neocarismáticos e pentecostais, mais não devemos esquecer que há os judeus ortodoxos, os fundamentalistas islâmicos, etc. e tal. Não sei na religião católica, mas a história do Cristianismo, Papas e outros que tais, é de arrepiar também. O poder da religião é extraordinário. Dou a minha opinião, mas cada um segue e acredita no que quer, e pronto. Quando se é

Nunca tinha prestado muita atenção à língua flamingo, parece alemão, mas já havia visto algumas séries faladas nesse idioma. Adoro sons, diga-se de passagem, e às vezes fico mais ligada nos sons das línguas faladas do que na trama em si.   Dois verões é um roteiro muito bem alinhavado. A história foca na amizade de 30 anos de um grupo, que se reúne para um fim de semana na casa de um deles, aliás numa ilha da Riviera Francesa, Le Lavandou. O cenário é belíssimo, a casa então, nem se fala, e quando amigos se encontram depois de tanto tempo, o resultado pode ser bom ou não. Nesse caso, a série é de suspense, houve a morte de um amigo do grupo, aos 20 anos, e a elaboração de uma trama muito bem pensada se revela nesse encontro, com um final surpreendente. Adorei.

E por que não em Ciro Gomes?  Que é um ótimo político, MAS perde sempre a paciência, o fluxo verbal fica comprometido e com isso ele perde eleitores. E também, magoadinho em relação às últimas eleições, para não votar em Fernando Haddad, se mandou para os States. Político brasileiro, minha gente. Não suporto rótulos, mas definitivamente não me identifico com a direita, nem com os extremos. Gosto de pautas da esquerda, mas já fui definida como centro direita. Não retruquei, pois achei que nem devia, a amiga falava de minhas posições, quando na época nem eu sabia direito o que era o quê. Como todos  que vivem no planeta, tive a sorte de evoluir sempre, olhando para a frente, e evidentemente com a idade, tenho a certeza que vejo tudo com muita clareza. Simone Tebet é um opção para quem não quer os dois mencionados no título. Já é hora de podemos olhar para além do horizonte. 

Não se ofenda, você leitor que me acompanha. Povo, no coletivo, não costuma mesmo ter atitudes inteligentes. Há sempre um líder e a manada segue atrás. Essa fala do ministro Paulo Guedes pedindo aos empresários do setor de super mercados a congelarem os preços, me deixou pasma. Leitores mais atentos e antenados veem claramente a burrice governamental em conduzir a economia. Imagine se empresários vão diminuir suas margens de lucro? A turma mais velha se lembra, por acaso dos fiscais do Sarney? Pois é, eu tinha vergonha daquela gente com máquinas de calcular em punho fiscalizando preços em  super mercados.   E nada adiantou. A inflação naquela época era gigantesca. Não sei como aguentamos. Agora, em 2022, um sujeito, ministro de Estado, reclama da inflação nos alimentos, o presidente dos preços de combustíveis, enquanto 33 bilhões de pessoas passam fome. # fora Bolsonaro.

Reflexos desse tempo sombrio, feio, indecente que vivemos, esse rapaz de 23 anos, aspirante à essa política de baixo nível, representar seu papai, para quem não sabe o ministro de saúde desse governo, em eventos públicos.   Trabalhei no cerimonial do governo do Estado do Rio de Janeiro, e nunca vi um filho, ou filha, de secretário substituir o pai, ou mãe, em tais eventos. Fico pasma porque estou percebendo aceitação a fatos que deveriam ser repudiados ou contestados. A turma está anestesiada? Em tempo, o editorial do jornal O Globo de hoje, fala exatamente sobre isso. E usa o termo "acintoso" para a participação do filhote em eventos da pasta de saúde. Escrevi antes de ler o artigo, tá? Acabou-se a ética, a vergonha?

Lula também fala mal o português, mas melhorou com o tempo, sabe abrir a boca e articular bem as palavras. Pelo que me consta, ele não fala inglês, mas arranha o espanhol? puede ser.   A foto dos presidentes Biden e Bolsonaro , cada um sentado numa poltrona, conversando, me causou desconforto ao ver o brasileiro, sentado de pernas abertas. O  americano, ao contrário, elegantemente acomodado, com as pernas cruzadas. A fisionomia dos dois fala mais do que qualquer palavra. Concordo que a América Latina não interessa ao governo americano. Houve época que sim, quando deu suporte extraordinário a todos as ditaduras militares do continente, que violaram todas as ideias de democracia e respeito ao cidadão, com torturas, execuções e mortes de brasileiros contrários à ela.

A incapacidade de governar, de ser solidário, de ser humanista, Bolsonaro humilha e ofende aos brasileiros que não seguem a sua cartilha mal elaborada, mal escrita e cheirando a mofo. Ele vai passar, mas e essa matilha esfomeada que o segue? Assim como lá, a turma tal e qual que segue Donald Trump. Nunca os países se assemelharam tanto.   

Esse comentário tem a ver com o que postei. "Sempre achei que para ser juiz ou diplomata o sujeito precisava ter inteligência acima da média". Então, está explicada a questão. Pode até ter inteligência acima da média, mas em relação ao caráter, este pode estar abaixo da média.

Precisei viver mais de 7 décadas para o meu "conceito" mudar. A prova de admissão, no caso da diplomacia ou concurso, no caso da magistratura devem ser difíceis, não nego,  mas o que acontece com o outro lado do cérebro? Fica na escuridão? O cérebro é fascinante, e confesso que não sei muita coisa sobre ele, apenas que se ele parar, meu corpo também para. Tudo interligado. Tive oportunidade de desenvolver meu lado artístico e intelectual, mas o lado para ciências exatas, que sempre foi o meu fraco, não desenvolveu como o outro, mas sei fazer as quatro operações e sou fascinada pelo funcionamento do corpo humano. Sangue correndo por vértebras, veias, etc. e tal, é espetacular.   Até que me deparei com Ernesto Araújo e mais recentemente com Nunes Marques. Meu conceito caiu por terra.

A foto era de uma casal de idosos num abraço amoroso. Fotografei e mandei para os meus amigos. A maioria gostou, aplaudiu, se identificou. Me pergunto qual seria a reação se fossem dois homens ou duas mulheres, também idosos ou inter-raciais?   A foto é  da loja Reserva e achei ousada a postagem, principalmente nos tempos em que vivemos, e na primeira página de um jornal que há algumas décadas atrás se alinhava com o pensamento da ditadura militar. Mudou para muito melhor. O Boticário em 2018 postou família negra em comercial e a turma racista não gostou - A propaganda era referente ao Dia dos Pais. Em 2020, Bradesco e Natura mostraram casais gays inter-raciais. É assim que os pensamentos e conceitos podem mudar. Sendo expostos, sem medo pela ousadia. A pessoa pode até discordar, mas aprende a respeitar o pensamento do outro.