A MORTE DE MOÏSE, O CONGOLÊS E AS FACADAS NUM JOVEM NO ESPÍRITO SANTO. O QUE TÊM EM COMUM?

A violência absurda no país precisa ser debatida e contida. Leio que o Espírito Santo é um estado com regiões altamente violentas.  A informação está no jornal: um casal, depois  de ingerir drogas num luau em Guarapari, foi vítima de extrema violência. Rasgaram o abdômen do rapaz, que está hospitalizado. Cruzes. E isso é no país inteiro, de cabo a rabo. O que fazem com os índios, o feminicídio , balas perdidas que matam crianças nas comunidades, roubos e arrastão nas praias, e a lista é longa, de novo, de norte a sul. E ainda têm as agressões das autoridades à turma LGBTQIA+. Está no jornal de hoje, a ofensa de uma policial a uma transexual, se recusando a chamá-la pelo pronome feminino. É demais, o povo cada vez pior.

A morte do congolês provocou um sentimento de dor e vergonha em todos nós, provou sem rodeios, o que todos já sabemos: o país é racista sim, o racismo estrutural precisa ser desmontado e há que ter políticas de inclusão contundentes para acabar com essa desigualdade vergonhosa que não dá espaço para os afro descendentes. Moïse veio do Congo, uma nação de extrema barbárie e veio para outra igual, talvez um tantinho melhor, mas aqui não teve espaço para crescer academicamente. Os imigrantes negros ficam na base da pirâmide, igual aos pobres negros das comunidades país afora. A família escolheu mal o país, mas me pergunto qual o país que gosta de receber negros? É um sufoco chegar à Europa naqueles barcos precários que afundam no Mediterrâneo, os mares e oceanos grandes cemitérios de escravos e soldados abatidos em guerras. Caetano chorou, os artistas se manifestaram e a sociedade civil também. Nenhuma palavra de solidariedade do presidente e de seus apoiadores. Era de se esperar.

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