O Ninho de Manon

O país está imerso numa guerra feroz. Tudo junto e misturado numa baixaria grotesca nunca antes vivenciada. Pessoalmente, envergonho-me, e começo a sentir um profundo asco pelos personagens que atiçam esse fogo desordenado e mortal que nos vai levar às cinzas. Penso no Brasil como  um país que um dia julgou que poderia ser sério e justo, mas a qualidade dos políticos, dos empresários e do povo que somos são entraves intransponíveis. Os políticos brasileiros não pensam no país e sim neles mesmos e em como encher os seus bolsos. Haja visto a quantidade que foi parar na prisão com a Lava-Jato. No Estado do Rio de Janeiro então, os exemplos são visíveis e continuam até hoje.Nada no parlamento avança para beneficiar o povo.  O governo tributa seu povo com percentuais altíssimos que não há equivalência em outros países mais justos e menos desiguais. E essa dinheirama não ajuda os mais desassistidos. Os empresários pensam apenas nos seus lucros, e apenas nessa pandemia do Covid-19 doaram dinh

Lula e Dilma falavam palavrões quando em reunião com os seus. Acho que Michel Temer também. Todos falam palavrões e usam linguagem chula. Os do poder e a patuleia. Uma criatura que eu conheci dizia que se a palavra existe por que não usá-la. Pessoalmente, acho vulgar e cafona, principalmente se saem da boca de mulheres. Uso palavrão também, no meu pedaço e para o vento, principalmente se os cachorros estão latindo demais, ou o do vizinho que é um moto contínuo. E, confesso, aqui entre nós, com os mais íntimos, se estou falando de Bolsonaro ou da república achincalhada. E a propósito, o vídeo liberado pelo ministro Celso de Mello expôs ao vivo e a cores a vulgaridade grotesca da alta cúpula brasileira. Virgem Maria, o que foi aquilo? Aqui, entre nós, não casava com nenhum deles, nem com Moro.  A república está achincalhada e esculachada. O país numa pandemia e Mr B preocupado com os filhos e cupinchas,e querendo se apoderar da PF. As reflexões e comentários do presidente são tão li

Só penso numa palavra: desconectados, realmente e não dá para compreender. Essa turma neopentecostal confunde o país Israel com aquele pedaço da Judéia de mais de dois mil anos atrás.  É de dar pena mesmo, essa turma gastar tanta energia, ao invés de se dedicar a outras coisas, até mais nobres, como estudar História.  A bandeira de Tio Sam também estava tremulando ao lado da do Brasil. É um desconforto total saber da desconexão dessa turma com o que de fato acontece no Brasil.  Israel é um país democrático e avançado, é os EUA uma potência em nada parecida com está nação,  e Trump não é amiguinho de Bolsonaro. Se liga,  gente.

Alguma coisa muito podre deixa catinga fétida nos poderes deste país e um segmento da patuleia se deixa contaminar, sem o discernimento necessário para perceber que não é assim que se administra coisa alguma, muito menos um país.  Vejo que a boa educação e a decência é privilégio de muitos poucos, hoje no Brasil é no palavrão público que sai da boca do político e é publicado com todas as pontuações na mídia.  Perdeu-se ética e decência,  e nem vou falar de educação.  Não vejo isso, o que constato são agressões verbais num português de quinta, falta total de respeito, enfim um quadro de patologia que deveria ser examinado com lupa.

Fez bem doutor. Essa exoneração veio a calhar. Pediu para sair, né doutor? Um mês no governo Bolsonaro manchou seu currículo,  mas num país de memória fraca, daqui um tempo ninguém vai lembrar. Eu lhe congratulo por ter resgatado sua dignidade e decência. O senhor sempre me pareceu um ministro fora do contexto.

A coisa está feia, minha gente. Se este vídeo gravado que está com o decano do STF não for suficiente para afastar el hombre, não sei mais nada. Leio que o ministro Toffoli é leniente com el presidente e que Maia não quer ser o político a abrir a votação de impedimento de seu chefe maior. Leio também que por conta do isolamento, o Congresso, com sessões virtuais, não sente a pulsação del pueblo. In other words estamos ferrados de verde e amarelo, com tons sobrepostos de ferrugem e cinza. As queimadas na Amazônia continuam em ritmo frenético, as provas do Enem marcadas para novembro, danem-se os estudantes mais pobres, quem vai ter sucesso são as classes mais favorecidas, a turma evangélica sem escolaridade mínima vai continuar seguindo o que o pastor fala, não lendo jornais e muito menos assistindo televisão, a não ser a Record, e apoiando el hombre, e para finalizar o país atolado na ignorância, na conduta hipócrita e extremamente grosseira de seu líder, um povo sem disciplina que

Estou adorando, o set é moderno, arejado e os âncoras não parecem engessados. Entrevistas legais, enfim recomendo bastante. Veio para refrescar e está conseguindo.

Não é a primeira vez que leio comentários de Camila Amado. A atriz é inteligente além de talentosa, dois quesitos que nem sempre veem juntos. A entrevista de Regina à CNN (Ótimo canal, gosto muito)  foi de uma infelicidade à toda prova. A atriz mostrou ao vivo e em cores o seu pior papel e devo confessar de uma canastrice total. É bem verdade que não havia roteiro prévio e nem direção, donde se concluiu que atores precisam de apoio logístico senão metem os pés pelas mãos, nem todos, claro, mas no caso de Regina, estou começando a achar que sim. Regina se comportou tal e qual Bolsonaro, e me pergunto que simbiose inesperada foi essa? Foi constrangedor para ficar no mínimo. Foi aplaudida pelo clã Bolsonaro, e por Villas-Boas. "É a minha menina", Bozo deve ter dito. Regina compactuou em rede nacional com a atuação de Bolsonaro, todas elas vergonhosas, enfim.... Fechou com ele. Cruzes. Regina foi incapaz de vir a público e se solidarizar com o luto das famílias de artistas,

KKKK, bem feito para quem acreditou. O pior é que estamos todos embolados pelos votos dados ao sujeito. E do buraco não sei se algum dia sairemos, dada a pouca inteligência dos gestores atuais. Os políticos do centrão fazendo exigência de cargos, com Roberto Jefferson à frente da manada, significa que a boa corrupção que fez escola no país volta com força total.  Perdemos, minha gente.

Pois é cidadãos brasileiros, conscientizem-se que vivem em um país que não conseguiu sair da Casa Grande e Senzala. Oh sina fatal!!! Repudio veementemente esses nichos corporativistas que apequenam esse país, que diga-se de passagem, nunca se agigantou, talvez apenas quando a revista The Economist, publicou uma capa, BRAZIL TAKES OFF, mas foi momentâneo e o avião aterrizou pra nunca mais decolar. É impressionante que num país com tantas desigualdade sociais, agora escancaradas com a COVID-19, as castas mostrem suas caras repugnantes. Ninguém quer fazer sacrifício algum. Cadê os cortes dos benefícios impuros e indecentes do judiciário e legislativo? Pagamos tributos extraordinariamente altos e Paulo Guedes pensa obsessivamente em recriar a CPMF? Temos um governo eleito pelo povo mas que se mostra despreparado, abusivo e leviano. Temos ministros incompetentes  que não seriam nem considerados como candidatos nas empresas privadas, mas encontraram lugar na administração pública. O da Ed

É inacreditável a cabeça do político brasileiro. Alcolumbre, aliadinho de Bolsonaro, fecha com congelamento de salários para o funcionalismo federal por dois anos, exceto para o pessoal da saúde. Certíssimo. Mas, no pacote debatido com o commander-in-chief as corporações militares, nicho eleitoral do presidente foram agraciadas. Medidinha eleitoreira, feia e despropositada. Registro aqui o meu protesto.

Há dias atrás escrevi sobre a secretária nacional da cultura como a que foi sem nunca ter sido. Parece que depois de uma conversinha com seu chefe, continua sentada na cadeira da pasta. Sérgio Camargo também. Aposto que ele continuará e ela eventualmente cairá da cadeira, sentada. A conferir.

Acompanho esse inglês genial desde The Office. Brilhante, com um humor típico inglês onde fina ironia encontra um sarcasmo à altura, After Life na sua segunda temporada é deleite puro, com altas doses de escatologia que devo confessar, me incomodam um pouco. Aconselho a série desse criador.  Nessa galeria de criadores outstanding incluo a sofisticação nova iorquina de Woody Allen e Larry David em Curb your enthusiasm onde quase todos os diálogos eram fonte pura de constrangimento, se fossem replicados na vida real. Talvez fosse uma leitura do que realmente acontece nos EUA, não sei, mas a série era excelente. Larry David para quem não sabe é um dos criadores de Seinfeld, se não for o criador. 

A decisão de participar do governo Bolsonaro indignou muito de seus colegas atores. Confesso que a mim me causou espanto por achar que a atriz maravilhosa que é e sempre será, iria ter problemas com a burocracia medíocre existente em qualquer órgão público, e justamente pela falta de traquejo nessa área corria o risco de não dar certo, mesmo que tivesse alguém de sua confiança próximo, a lhe desbaratar o novelo desse nicho intrincado. Uma amiga atriz, lulista até a raiz dos cabelos pintados, urrou no telefone que  Regina era burra. Repliquei que se fosse burra não teria construído a carreira brilhante que tem, desfrutando de conforto financeiro conquistado por seu trabalho e ainda  em cena aos 70 anos.  Todavia foi difícil, sim,  entender por que Regina abdicou do salário da Globo para ganhar uns trocados como secretária de cultura, que nem ministra é? Um ator de primeiro nível da Rede ganha um salário espetacular por mês, acima de cem mil, e quando não está em cartaz, metade. Ent

Trabalhei muitos anos para o governo americano e posso dizer que foi o único lugar em que fui valorizada e estimulada a crescer. Para o governo brasileiro foi tudo ao contrário, faltava tudo, inclusive estímulo, pois os cargos melhores iam para os apadrinhados. Por isso, sinto-me a vontade para criticar a atuação do embaixador americano ontem na GloboNews. O embaixador vestiu uma máscara que me incomodou e muito. Que amizade entre os dois países é essa a que se refere o embaixador? O próprio Trump já disse inúmeras vezes que não é amigo de ninguém, o que move os EUA são negócios e interesses em comum. Amizade leva tempo, muito tempo então, que amizade é essa que une Trump e Bolsonaro, se este que nem português fala direito, o que dirá o inglês, se é que sabe, o que duvido. Como se desenvolve uma amizade sem a fala, sem a troca de intimidade? Que constrangedor o embaixador insistir nessa amizade entre povos, o que me irritou por não ser verdade. O Brasil se curva mais uma vez aos EUA