O AUMENTO INDECENTE QUE A ALERJ CONCEDEU ÀS CASTAS DO ESTADO DO RIO


Hoje, li um artigo de Roberto Da Matta no jornal O Globo, em que o entrevistado Moneygrand pinta um retrato em preto e branco disso aqui que é a república brasileira. Nunca li Sérgio Buarque, porém creio que no seu cultuado Raízes, ele também deve dissecar o assunto para explicar o que nos tornamos ao longo dos tempos.
Sou aposentada do governo do Estado, estou na classe dos desprivilegiados, os do excecutivo da máquina paquidérmica, que já teve que amargar salários atrasados por 1 ano e meio, enquanto seus pares, do legislativo e judiciário recebiam em dia, e ainda atrelado aos ótimos salários, benefícios espúrios.
O governo acertou as contas, embora se receba na segunda quinzena do mês, e muitas mortes aconteceram nesse período negro onde o dinheiro não chegava nas mesas dos funcionários mais pobres onde a única renda de sobrevivência era o salário.
Agora, leio que os políticos que habitam a ALERJ concederam um aumento de 5% às castas judiciárias.É indecente esse procedimento, porque essas criaturas sabem da situação financeira do Estado, sabem que nós do excecutivo estamos com os salários congelados, e essa corja se autofinancia, sem ao menos pensar nas consequências. O ex-governador em exercício, já mandou recurso para o supremo -desculpem-me mas não consigo mais escrever o nome da instituição em maiúscula porque já lhe perdi o respeito - e agora é esperar, porque caso esse aumento venha realmente a sair na folha do pagamento daquelas vossas excrescências, nós ficaremos sem salário por no mínimo  6 meses, ou coisa que o valha. 

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