O AMANTE JAPONÊS DE ISABEL ALLENDE
Li o livro de estreia desta notável escritora- A Casa dos Espírito - onde ela usava e abusava do realismo fantástico. Acho que uma característica de alguns latino-americanos, tendo Gabriel Garcia Márques como inspiração, acho eu. Bem, depois li outro livro dela, De Amor e de Sombra, que não me entusiasmou e os anos de passaram e me interessei por outras leituras, até cair no meu colo O Jogo de Ripper, Zorro e O Amante Japonês. Livros ótimos onde não há vestígios do realismo fantástico de seu primeiro livro. Este último, o Amante Japonês está fresco na memória, acabei de ler algumas horas atrás, e fiquei por uns minutos olhando para o infinito, digerindo o final que tanto me emocionou. Isabel mora nos Estados Unidos, sua narrativa que já era ótima, ficou ainda melhor e através de seus olhos vamos vivenciando o que ela provavelmente vivencia e fantasia. Desta vez, ela tece os meandros da história através de uma personagem judia polonesa que emigra ainda criança para os Estado Unidos para sobreviver ao extermínio do nazismo, de uma família japonesa, e de uma sobrevivente da Moldávia, que também criança emigrou para a terra do Eldorado para poder sobreviver. No fundo, histórias entrelaçadas, e todas com o amor servindo de mote. Vários tipos de amor, diga-se na verdade, e no meu modesto entender. Não sou crítica literária, mas gosto de escrever sobre livros que me emocionam. E também aprende-se um bocado sobre a história do país. Por exemplo, foi inacreditável o que os Estados Unidos fizeram com a população japonesa depois do ataque de Peal Harbor. Foram mandados para campo de concentração onde passaram muitas privações e eram considerados inferiores. E tanto lá como cá os países foram desenvolvidos por imigrantes. Bem, leiam o livro e se apaixonem por seus personagens. Não vão se arrepender.
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