ROBERTO D'ÁVILA ENTREVISTA LULA

No mínimo instigante e altamente instrutiva essa entrevista. Para quem acompanha as notícias, sejam por jornais de centro-direita, direita, ou esquerda volver, era pra dar risada a cada resposta do entrevistado. As notícias estão aí, não mentem, e por mais que Lula tentasse dar um ar de veracidade as suas respostas, era difícil para o telespectador não perceber a falta de comprometimento com o fato verdadeiro em cada frase, em cada ponto. Um exemplo: Jaques Wagner é homem de confiança de Lula, ele foi para o cargo de Mercadante justamente para coordenar o que seu mestre mandar (Lula). Pelos corredores também foi armado o exército lulista pra ajudar a companheira Dilma,que se arrasta por aí, cada vez mais rejeitada pelo povo. Ele nega, diz que não tem nada a ver com o governo, e que não palpita, e cita um exemplo populista de ex marido que não tem que dar conselhos ao novo marido a mulher. Outra: não quer LEVY, quer Meirelles, e mentiu ao Roberto D'Ávila dizendo que quem tem que decidir é a presidente. Dessa vez, Dilminha bate o pé e diz que Levy fica. Mas já ouvi dizer que é assim que ela age: sempre na contra mão do mainstream. E vai por aí. Não explicou porque o filho está sendo investigado (estão milionários graças a ajuda paterna), por que moram em apartamento luxuosíssimos emprestados por "amigos petistas", não falou no lava-jato, na Petrobras- sim, disse que a corrupção existe há mais de 30 anos, mas esqueceu-se de dizer que foi no governo dele que o roubo e o rombo foi maior. Enfim, mentiu o tempo todo, só escapou ao dizer que o filho deve ser investigado como qualquer um.  Roberto D'Ávila, sempre muito elegante, fazia apartes que mostravam ao entrevistado que não era bem assim. Ele até podia ouvir, mas a resposta era sempre contraditória. Duvido que ele volte como presidente, seriamos todos muito ingênuos em elegê-lo, não?