EU E A REPRISE DA NOVELA ÁGUA VIVA
Pois é, a novela está no ar, e eu não perco um capítulo. Faço parte do elenco de apoio e é um prazer, misturado a dor que revejo os colegas, e eu , tão mais jovens. Conto nos dedos de uma mão os que já se foram: Lewgoy, Milton Moraes, Dolabella, Claudio Cavalcanti, Raul Cortez e Tetê Medina. Mais alguém? Acho que sim, mas não lembro o nome do ator.
O que gosto na novela:
1- a incrível faixa musical,
2- a abertura que é simplesmente divina
3- é um folhetim super carioca, retrata: um Rio de Janeiro luminoso.
Com este distanciamento de mais de 30 anos, posso ver o que não podia na época.
Me pergunto porque o windsurf não vingou? É um esporte tão bacana, tão carioca.
Tonia Carreiro está um show. E atriz que usa bem a palavra e dá nuances inesperadas ao seu discurso. Claro, a novela é folhetim, e não estou aqui para criticar ninguém, apenas abro um parênteses para louvar a atriz, e destacar o que gosto. Saudades da elegância de Raul Cortez, e de Lucélia Santos, um furor em cena. O que será que ela fez para ser banida da Globo? Apesar de luminosa e bela na tela, Betty Faria com um ovo permanente na boca me incomoda sobremaneira, mas quando lembro da simpatia dela comigo, isso vira detalhe.
E quanto a mim? Êta perguntinha matreira. Cumpri a minha função. Sem olhar benevolente, falo minhas falas com competência, mas sendo babá bilingue o uniforme está em desacordo bem como as minhas falas, de simples empregada. Nada contra, mas o desequilíbrio está no ar. E vejo também marcações que me fazem rir. Vinha do teatro e como não tive direção (imagine empregada ser motivo de atenção de diretor) fazia umas piruetas cômicas pra ficar de frente para a câmera. Que vergonha, está lá. Bem, quem não viu ainda está em tempo.
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