O QUE LEIO NOS JORNAIS ME ASSUSTA
Amigos sempre me dizem que devo ler nas entrelinhas. Não sei, aliás, devo estar aprendendo, pois no caso de dona Rose Noronha, pesquei logo que esse negócio dela ser íntima do Salvador do Brasil só podia dizer uma coisa: os dois misturavam cheiros em lençóis de cetim vermelho. Mas isso não é de nossa conta, cabe à dona Marisa a situação de corneada agir ou compactuar, como aliás já disse. O chato é a mistura do público e do privado às custas da gente, essa brava gente bronzeada que vê o partido do PT distribuir cargos pros amigos e pra gentalha nada. Isso é que é dureza. Bem, o que leio hoje, sem entrelinhas é que crimes estão acontecendo com uma frequencia indesejável no Rio e em São Paulo. Garoto esfaqueado no Leblon, mãe morre protegendo o filho com o corpo, dom Pedro Casaldáliga ameaçado de morte, ônibus incendiado e pessoas morrem em São Paulo e as notícias, dia sim dia não, em que citam os juízes do Supremo à cata de indicação para serem nomeados. Será que nessa última notícia, há algo sujo nas entrelinhas que não captei? Ah, ministro Fux se mostra arrependido de ter mostrado seu lado roqueiro na posse de sua excelência dr. Joaquim Barbosa. Por que será? Fui ao Rio este fim de semana e volto preocupada com o trânsito infernal, caótico, e o calor inacreditável. É uma baderna e impressiona a quantidade de ônibus. Aguardando o sinal abrir, ali pelos lados do Campo de Santana, contei 14 ônibus espremendo os carros, o meu inclusive, para atravessar mais rápido o sinal que cruza a Av. Presidente Vargas. O Rio de Janeiro não é mais a minha cidade, é um caldeirão metido à besta, cercado de favelas, sujeira e muito calor. Fui.
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