OS JOGOS OLÍMPICOS E A EQUIPE BRASILEIRA
OS JOGOS OLÍMPICOS E A EQUIPE BRASILEIRA
Que linda foi a abertura dos jogos
e que prazer ver a equipe brasileira desfilando animada. Somos um povo bonito,
resultado da mistura de raças que formaram a nação. Árabes, italianos,
franceses, ingleses, alemães, russos, polacos, judeus, índios, africanos,
portugueses, espanhóis, orientais, enfim, temos características de todos eles e
isso nos dá uma cara muito especial. Os americanos começam também a mudar, que
bom. Eles ainda são lourões, mas os latinos, os asiáticos e os afro americanos
já se misturam e cabelos escuros aparecem na equipe.
O Brasil melhorou muito, mas
falta muito para fazermos bonito no esporte. A conquista de prata na natação de
Tiago Pereira foi um feito pessoal que não tem nada a ver com os treinadores
brasileiros, como ele mesmo disse. Ele disse que sua vitória se deveu a mudança
de treinamento, de técnicos ( ele treina com a equipe formada por Cielo, fora
do Brasil) e com uma boa preparação fora da água. Isso me fez refletir. Não
temos técnicos e muito menos estrutura para os desafios da natação. Falo da
natação porque é o esporte que pratico desde muito pequena, e até hoje dou
minhas braçadas diariamente. Joana Maranhão, que hoje assina Joana Melo nadou
hoje e chegou em último lugar na série em que competiu. Não há brasileiras na
natação e me pergunto por quê? Já ouvi que a brasileira não investe na natação
porque não quer ficar espadaúda. Será? As atletas realmente desenvolvem um
corpo atlético, que para mim é bonito porque é saudável. Essa geração que vejo no parque aquático londrino é alta e
forte, mas bolas, isso faz parte, não é mesmo? Hoje ouvi um comentário intrigante:
uma professora de educação física, que está muito acima do peso falou que as
nadadoras não tem cintura. Olhei para a dela e vi uma circunferência de
respeito. A única resposta que me veio à mente, foi que quem pratica esporte
realmente não tem cintura violão, como
as modelos. Gisele Bünchen, que é belíssima, é uma tábua e então, como é que
fica?
Amarelamos na ginástica com os
irmãos Daniela e Diego. Acontece, atletas não são máquinas, são passíveis de
falha, mas constata-se que não houve investimento na renovação. Então, já temos
duas modalidades em que não vemos perspectiva para 2016. E o que faz o Comitê?
Outras modalidades o Brasil
caminha muito bem como no vôlei de praia, as meninas dão show, no judô veio o
ouro com a piauiense, a Fabiana Murer é promessa de vitória e a Maurren também.
Espero ter acertado nos nomes delas. Mas cadê as brasileiras na esgrima, no
tiro ao alvo? No vôlei e no basquete sempre fizemos bonito, mas os
investimentos nesses esportes são altos e compensadore$ para seus
participantes, e isso tem que acontecer nas outras modalidades, senão não vamos
sair da rabada e afinal vamos sediar os jogos daqui a quatro anos.
Leio no jornal sobre o péssimo
resultado da educação no Brasil. Crianças com dificuldade de aprendizado, fora
das escolas, o ensino público neste país é de péssima qualidade porque não há
investimento e vontade política desses sujeitos que governam os estados e
municípios em melhorar realmente a situação. Então a pergunta, se vamos mal na educação
como poderemos almejar vitórias olímpicas? Esporte, Educação, Comida e Saúde
caminham juntos. O que faz governo, estados e municípios em relação a esse
quarteto maravilha? Se focarmos também as crianças das imensas comunidades por
esse país afora, que poucas oportunidades têm, dando educação, comida,
principalmente, e incentivando a prática
de algum esporte, vamos ganhar os jogos olímpicos de 2016. Esta aí a China que não me deixa mentir. Como
também não me deixa mentir o belo trabalho de balé nas comunidades cariocas, formando
e exportando talentos por aí afora.
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