O GINECOLOGISTA PETROPOLITANO QUE ODEIA OS POBRES DOS CONVÊNIOS

Mudei-me para Petrópolis e troquei de médicos, pois seria inviável, pelo menos para mim, ter que ir ao Rio de Janeiro todas as vezes em que precisasse me consultar. Através do meu clínico daqui, médico com bom conceito e respeitado, fui indicada para um ginecologista de sua confiança, "médico bom e com boa reputação", suas palavras. O ginecologista é um senhor de sobrenome europeu, alemão, cujas características físicas também fazem jus ao sobrenome saxão que carrega. Em fevereiro, ao chegar ao seu consultório, deparei-me com umas 10 pessoas espremidas em sofás, e outras 5 sentadas do lado de fora. Estressada, falei com a funcionária se ela podia, entre uma consulta e outra, pedir ao médico que assinasse as requisições de ultrasonografia e mamografia, pois essas eram as razões pelas quais eu estava lá. Fui atendida prontamente e ontem voltei com os resultados e deparei-me com um homem grosseiro, arrogante, que deve ter uma semente nazista dentro dele, pois a maneira como se comportou foi indigna e preconceituosa. Abaixo o relato:
- boa tarde doutor
-boa tarde, como vai a senhora?
- bem, obrigada.
- aliás, gostaria de me desculpar, porque da última vez que estive aqui, o consultório estava tão cheio, e como precisava apenas das requisições para os exames, pedi a funcionária que lhe levasse as guias entre uma consulta e outra.
- pois é, minha senhora, esse país é mesmo muito pobre medíocre como tudo que o envolve. Eu também não gosto de ver o meu consultório lotado, o ideal é ficar uma hora com cada paciente, mas sou obrigado a atender essa gente de convênio, essa gente pobre, logo eu que cursei 6 anos de medicina, fiz mestrado e doutorado. Nunca fui tão mal remunerado, a profissão de médico hoje me dia não presta pra nada.
- mas o senhor pode sair dos convênios, nada lhe obriga a ficar.
- mas aí eu fecho o consultório.
- é um problema que o senhor vai ter que enfrentar, e de mais a mais o Brasil melhorou e muito, não concordo que seja pobre e medíocre. Os pobres estão saindo da linha da miséria e as os emergentes saindo do limbo, isso não é bom? E a saúde pública é uma droga, muito válido que mais pessoas possam ter planos de saúde, o senhor não acha?
- pode ter melhorado para os pobres mas para mim, não.
Esse foi o diálogo. E ainda meteu o PT no meio. E teve mais, pedi a requisição para os novos exames e ele disse que eu teria que voltar em setembro. Claro, para receber do convênio da UNIMED, a mixaria que ele tanto despreza. Nos meus exames há um pedido para realizá-los novamente só daqui a um ano, o que ele ignorou. Não volto a este médico, petropolitanos abram os olhos, e fujam deste homem, ele não merece exercer a medicina.

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