Mia e Couto e seu livro Venenos de Deus, remédios do Diabo, é uma delícia de ler. Esse autor africano me desvenda uma África portuguêsa com sotaque próprio. Seu estilo poético, me faz reler duas, três vezes o mesmo parágrafo e nisso a gente vai entrando pela casa dos Sosinhos pela mão do médico Sidónio Rosa, apaixonado por Deolinda, a filha do casal. Mistério, suspense e um fim estarrecedor, marcam a presença desse autor como um dos meus favoritos.
O DISPENSÁRIO DA IRMÃ ZOÉ
Saiu hoje no jornal o Globo uma reportagem sobre o Dispensário da Irmã Zoé, na Rua Muniz Barreto 100. A reportagem não foi nada fiel ao que acontece ali. Realmente há uma distribuição de comida a pobres e mendigos, mas o que a reportagem não mostrou foi o comportamento de muito desses usuários que alocados na esquina da rua com a Marquês de Olinda desde cedo, deitam, urinam e jogam a comida no chão, esvaziam as lixeiras e jogam o conteúdo no chão, deixam a calçada impregnada de mijo, além de inquietarem os passantes com modos agressivos e abusivos de comportamento. Não sou contra ações sociais, no entanto acho que tem que se ensinar a pescar ao invés de dar o peixe nas mãos. Tipo moeda de troca. Ganham a comida, e que façam algum trabalho em troca, tipo lavar a calçada, cuidar das jardineiras em frente ao dispensário que ao invés de plantas estão cheias de fezes, lixo e comida.
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