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Mostrando postagens de janeiro, 2010

O SHERLOCK HOLMES DE GUY RITCHIE

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Me lembro de comentários horríveis sobre os filmes de Guy Ritchie. Acho que a turma se mordia de inveja porque o cara era casado com Madonna. Se referiam a ele como o marido dela. Horrível. Vi alguns de seus filmes que não eram lá essas coisas, mas nesse, ele deu um show, mostrou que entende do riscado. O Sherlock de Guy Ritchie é trepidante, um herói audacioso, sagaz, valente, invencível, ganha todas, até contra um gigante francês e voilà, o ator é baixinho, mas se agiganta na interpretação detalhista, primorosa de Robert Downey Jr, um ator deslumbrante. Ele e Sean Penn são duas grandes referências não sei se da mesma geração,  mas correm lado a lado. O filme me pegou, dei gritinhos, sofri, torci e ria muito, me perguntava como ele, Sherlock se safava daquelas situações todas? Truques cinematográficos, câmera segura e inteligente, a la Speilberg, li em algum lugar. Até o cachorro teve lugar de destaque. E a música, que bom gosto, tinha de um tudo ali. Meus ouvidos sensíveis registrar

CONSUELO DE CASTRO/VERA JAFARDO/A PROVA DE FOGO

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Foi uma grande satisfação para todos que participam da montagem de A Prova de Fogo, a presença de Consuelo de Castro, que escreveu a peça enquanto estudante da USP e aos 19 anos, peça esta que hoje é referência histórica daquele tempo. Na foto as duas, Vera Fajardo e Consuelo de Castro. Eis o que ela escreveu para Vera Fajardo, a diretora, sobre a emoção de rever o seu texto. " O teu trabalho transcendeu a contingência histórica, na medida em que você concebeu o espetáculo com cenário e algum distanciamento narrativo, dividindo os tempos em uma história contando outra historia. Na medida também em que você fez um trabalho de ator , um a um, em que as personalidades individuais, os conflitos, as invejas os ciúmes,os tesões, os temores, tudo ficasse tão forte e tão ritmado, em crescendo, que aqueles conflitos jovens poderiam se passar com qualquer juventude, em qualquer tempo.No mais, me espantou como você consegui ampliar o espaço cênico com uma noção de dinâmica , de integraçã

CHARLIE SIMPSON, o menino londrino

Em tempos tão crueis, as crianças, graças a deus, ainda surpreendem. Belo gesto desta criança que através de uma mensagem singela via web conseguiu arrecadar um dinheirão pra ajudar os haitianos. Impossível não sentir uma lágrima descendo e a garganta apertar. Vida longa pra esse menino, já é um abençoado.

RECUERDOS DE BUENOS AIRES

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Terminei 2009 e comecei 2010 em grande paz e felicidade. Viajei. Fui rever Buenos Aires da minha adolescência, do meu primeiro amor - Juan Antonio Garcia, Tacho, um portenho de olhos verdes e sarado de corpo,  professor de educação física. Meu pai foi participar de um congresso internacional de educação física e nos levou com ele. Passava as manhãs nadando na piscina, e foi ai que conheci Tacho, que de férias, também nadava no complexo de Nuñez, onde rolava o congresso.E de tarde, passeava pela bela cidade portenha. Nunca mais voltei. E foi com grande alegria e com olhos saudosos que mi Buenos Aires querido, voltou a se reencontrar comigo. Buenos Aires é linda e ampla, como bem lembrava. O verão é bastante suportável, as ruas mais limpas que as do Rio, e mais civilizada também, digo isso me baseando no barulho urbano de seus habitantes, e no fluir do trânsito. Lá os motoristas param pra você passar. Beleza! Não ouvi ninguém gritando, o argentino fala baixo em qualquer lugar, inclusive

375 MILHÕES PARA O HAITI?

Que se ajude ao Haiti, claro, é muito importante a solidariedade mundial para um país tão sofrido, pobre e violento. MAS, 375 MILHÕES? Como se a gente aqui não precisasse de nada? E precisamos, saúde, escolas, guarda costeira, infraestrutura, empregos, habitação decente para os menos favorecidos, transportes públicos, segurança nas estradas, rodovias, meu deus, e o Lula fazendo um esforço danado pra manter a liderança brasileira na região? Essa tal cadeira de segurança na ONU está custando caro. E ainda vem o general Floriano Peixoto minimizar escancaradamente a ajuda dos EUA e Canadá declarando que são apenas representações humanitárias e destacando a manutenção brasileira na área de segurança. Que horror!!!

NEW YORK, I LOVE YOU

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Pois é, chamaram alguns diretores e fizeram um filme sobre New York.  Vi Paris je t'aime e foi muito bom o que não posso dizer desse aqui. Fora um ou dois roteiros mais interessantes o resto é mesmo decepcionante. Gostei do curta de Natalie Portman como roteirista e diretora, gosto dela, apesar da história em que ela se apresentou como atriz fosse bem ruim. Me esforcei pra ver esse filme, enfrentei calor, fila e a certeza que Estação Botafogo, na Voluntários da Pátria 88, jamais de nouveau.

O METRÔ COBRINDO A CIDADE

Quando o metrô chegar ao Leblon- Bartolomeu Mitre- será o caos nas praias e em qualquer lugar, como já é em Copacabana. Um dia de muito calor, decidi ir à Copacabana, estacionei meu poluente de gases na Barata Ribeiro e fui tentar me refrescar. IMPOSSIBLE- a horda humana espalhada pela praia me lembrou Bombaim- de arrepiar. Quando fui pegar o carro, vi a mesma multidão indo em direção ao metrô. Dava até medo, era muita gente agrupada. Ipanema já está um caos, as praias lotadas e agora o metrô. O transporte público não é só o metrô. Ao invés de duplicarem a avenida Nieymeyer por que não investem em barcas pela orla, não consigo entender a idéia fixa em rodovias, é mais asfalto, mais poluição, e ainda por cima o presidente zera o IPI para carros- não quer MESMO contribuir para a melhoria do ar na cidade.

AS NOTÍCIAS DE HOJE

Fora esse calor senegalesco, como diz a comadre, as coisas continuam mais ou menos a mesma coisa. Vamos a elas: 1) METRÔ OPERA ACIMA DE SUA CAPACIDADE- Convenhamos que isso já é até uma notícia batida. A população que pega metrô está comendo o pão que o diabo amassou em dias africanos. Aliás, é sempre o povo que paga o pato, não é mesmo? Os transportes públicos são desastrosos, mas existe uma esperança, as Olimpiadas vem aí e quem sabe sobra um dinheirinho para o transporte público. Não entendo por que esse povo não se rebela, já que o governo estadual não se manifesta? Quebre tudo de uma vez ou mostre indignação ao vivo e a cores. NÃO PEGUEM MAIS O METRÔ E ENTREM COM UMA AÇÃO PÚBLICA, enfim, mexam-se. Mas, não continuam a pegar o metrô e a reclamarem quando a reportagem está lá. Assim não dá MESMO. 2) Os assaltos na Rio-Teresópolis. Algum tempo atrás eram na Rio-Petrópolis, agora mudaram de serra. Nese fim-de-semana foram 8 assaltos seguidos. Bonito, não? A turma cada vez mais espec

BARBARA HELIODORA X ADERBAL FREIRE-FILHO

Quero crer que dona Bárbara não é mulher tinhosa. Não vi Hamlet e nem vou ver Macbeth apesar de adorar Adebral Freire-Filho, o fato é que não consigo assistir aos clássicos, acho tudo muito chato e é um teatro que não me fala à alma. Mas leio os comentários e fico perplexa. Aderbal Freire-Filho é um diretor excepcional, genial, culto e jamais encenaria alguma coisa que estivesse abaixo da qualidade que ele exige. E não é que dona Bárbara que tinha acabado com Hamlet, acabou também com Macbeth? Parece que ela não admite releituras do bardo inglês. Só serve se a tradução for dela mesma. Shakespeare é para ser encenado comme il faut . E então, ela aproveita as colunas do jornal e dá-lhe de erudição. Disseca a peça, a mim não me interessa a mínima, vou ao teatro pelo diretor, pelos atores,  pelo texto e claro, pelo boca-a-boca.  Críticos de teatro, de literatura, de cinema, ou qualquer outra coisa são sempre muito estranhos. Talvez na incapacidade de atuar, de escrever já se põem na defen

O HAITI

Tenho amigos que dizem que as notícias dos jornais são lidas nas entrelinhas. Confesso a minha dificuldade nessa empreitada, mas hoje li na primeira página do jornal O Globo algo que me deixou alerta.  Hillary Clinto reconhece que a força da ONU liderada pelo Brasil está mais familiarizada com o país e dentro do governo brasileiro existe o medo da perda da liderança para os Estados Unidos e a preocupação em existir dois comandos.  O Brasil não pode competir com os Estados Unidos, é esse país quem tem todas as condições de chegar lá e ajudar mais do que qualquer um outro, porque tem mais dinheiro, mais estrutura e um governo que não está preocupado em liderar nada, já é líder, pelo menos por enquanto. Nossos políticos pensam muito pequeno e o pessoal do PT é foda. Estão ajudando o Haití, com certeza visando a tal cadeira de segurança na ONU, ou quem sabe abrindo uma nova esperança para o nobel de Lula, que perdeu para o Obama, justo por causa do mensalão.

A PROVA DE FOGO de Consuelo de Castro, direção de Vera Fajardo

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Quem ainda não viu, vá correndo a Casa da Gávea, essa tuma linda e talentosa está batendo ponto todas as quintas- feiras de janeiro às 21 horas, e fevereiro também. O texto de Consuelo de Castro é brilhante, a autora o escreveu aos 19 anos, tem uma força dramática incrível e essa turma encarna com perfeição os estudantes daquela época. É um texto com valor histórico, imperdível.

JULIA E JULIE

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Li um livro escrito por Nora Ephron e não me entusiasmei. Para falar a verdade não entendi a razão de seu sucesso. Talvez seja até um fator cultural, o que faz sentido lá nem sempre faz aqui. Cito isso mas amo de paixão Woody Allen, porém muita gente por esses trópicos o acha chato. Bem, o filme é dirigido por ela e traz na linha de frente Meryl Streep super bem acompanhada de Stanley Tucci, um ator que nunca protagonizou mas sempre obteve ótimos papéis e brilhantemente soube excecutá-los. Também  não achei nada demais o filme e algumas vezes me peguei bocejando. Claro que existe a competência americana em fazer filmes, mas chega uma hora que desejei que ele acabasse logo. Me incomodou muito os tons de voz de Streep e da Amy Adams, principalmente da última que me soou antipático, explicado, monótono. Claro que Meryl é uma atriz que supera qualquer coisa e quando cheguei em casa liguei o micro e fui pesquisar Julia Child. Levei um baita susto. A cópia é igual ao original - a mesma voz

NOTÍCIAS DE HOJE

As notícias de hoje. Vamos a elas. • Um jovem paulista, punk é agredido por turma skinhead num carro e é arrastado por cerca de 60 metros. Igual ao João Hélio. O jovem está vivo, mas seu estado é gravíssimo. Me pergunto, o que acontecerá a esses jovens bandidos? Nada, serão presos e logo serão soltos. • Gangues de jovens do Grajaú e do Méier se reúnem para brigar levando terror ao Grajaú. Um jovem a caminho da padaria é espancado sem razão. Na delegacia,, não reconheceu os agressores. Eu também teria medo. A psicóloga diz que é autoestima baixa. Me pergunto senão vai mais além, pais, educação em casa e no colégio. • Chuva de meia hora alaga ruas e leva caos em vários pontos da cidade. É o normal. Nada de novo. Não há limpeza dos bueiros e o carioca é sujo. • No Haiti o terror, a fome, a morte, a destruição. Idem em Angra, sem a fome. Lula socorre o Haiti e não socorre com a mesma destreza o desastre em Angra. Aliás cadê o governador que nem se pronunciou? O Haiti é aqui. • A

AVATAR

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O filme de James Cameron é um espetáculo. No futuro, Jake é o ex-fuzileiro naval paraplégico enviado a um planeta chamado Pandora. Este planeta é riquíssimo em biodiversidade, o que interessa ao mundo, só que lá também existe a raça humanóide Navi com sua própria língua e cultura, o que evidentemente entra em choque com a invasão dos humanos. É interessante observar a crueldade do colonizador em relação ao colonizado - temos aí as histórias dos índios, dos arborígenes, a destruição da cultura nativa em prol do que aqueles acreditam. A destruição da Árvore Santa e da floresta me deixou muito triste. Talvez um alerta para o cuidado com o planeta, já tão destruído, coitado. Vi o filme em 3D e agora só quero ver cinema assim. É fabuloso. Tudo fica lindo em 3D. A paisagem é deslumbrante e a história prende o tempo todo. Fiquei até tonta com os vôs, de tão reais que foram. E cá pra nós, como é lindo o amor!!! Não há como não se emocionar quando os dois protagonistas se vêm apaixonados.

DALVA E HERIVELTO

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Maria Adelaide Amaral no texto, Denis Carvalho ma direção, Adriana Esteves,s Fábio Assunção liderando um elenco afiado, um drama recheado de ciúmes, paixão, traição e música de ótima qualidade foram os ingredientes dessa minissérie que brilhou tanto quanto os personagens que a inspiraram. Dalva de Oliveira era um ícone quando eu era criança. Cresci ouvindo sua história de amor e ódio com Herivelto Martins. Não gostava de sua voz como também não gostava das músicas que cantava. Meu ouvido e sensibilidade estavam se preparando para o que viria logo depois: o surgimento da bossa nova, uma outra batida, uma nova maneira de cantar e com por. Não gostava de Herivelto, o bruxo que batia na Dalva, mulherengo, que a fazia sofrer, era o que mamãe dizia. Mas também, na minha pouca idade, não entendia porque ela se dizia tão apaixonada por um homem que a fazia tão infeliz. Via Dalva cantando na televisão e procurava enxergar dentro dela a mulher comprometida pelo álcool, procurando sempre Heri