A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

Sou privilegiada pela oportunidade de ler tantos livros bons. A menina que roubava livros de Markus Zusak é uma obra-prima e ele só tem 32 anos. A estória emociona, te embala, te leva a percorrer o infinito das palavras e descobrir frases ímpares que me deslumbraram. Fiquei imersa, emocionada, sensível durante os dias em que me debrucei na janela e observei o crescimento de Liesel Meminger. Como a amei, como torci por ela chegando até a sentir o cheiro forte de seu corpinho magricela que não via banho e comia tão pouco. Como ela amei seu pai, sua mãe, Rudy e Ilsa, a mulher do prefeito. Através de seus olhos vi a desgraça, senti o fanatismo, engoli a desolação. Como ela torci por Max e fiquei triste quando ele se foi e esperançosa quando ele apareceu. Como odiei a guerra, tanto quanto o pai de olhos prateados, bom no acordeão e tão humano, e outras almas boas do bairro. Bravos Zuzak e vida longa pra você, mas tenho que reconhecer- morri de inveja.

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