O LEOPARDO DE LUCCHINO VISCONTI NO PRIME
Pois é, moçada, após assistir a minissérie de mesmo nome na Netflix, fui em busca do livro e do filme de Visconti, elogiadíssimo na época. Não me lembro de tê-lo visto, mas foi com grande emoção que revi Burt Lancaster, um ator que adorava. O filme Trapézio que tinha no elenco. Lollobrigida, Tony Curtis e ele, me deixaram deslumbrada. Não sei hoje teria o mesmo impacto. O Leopardo com ele no papel do príncipe de Salina é memorável. Claudia Cardinale nos seus 25 anos é de uma beleza ímpar e ainda temos Delon com seu andar elétrico, sua marca desde sempre. É verdade, o ator anda sempre com pressa, já notei isso em outros filmes.
Enfim, o décor é um luxo cafona, bastante ostensivo, proposital pelo que li, o filme retrata a mudança histórica da Itália que acontecerá alguns anos depois. A música é onipresente, o que me incomodou, e Concetta, a filha dos príncipes é mais bonita na minissérie. Entre as duas filmagens, o roteiro mudou demais, outro filme em alguns aspectos. Enquanto que no filme de Visconti, Concetta tem papel apagado, na minissérie o confronto entre ela e Angélica ganha espaço, como também o seu papel junto ao pai e a família depois que ele morre. A atriz que interpreta Angélica tem uma beleza selvagem e é extremamente sensual. O ator que interpreta o príncipe de Salina tem porte majestoso, falei disso na primeira postagem, e também ele tem roteiro diferente do de Lancaster. Ah, sim, no filme de Visconti a princesa de Salina é medonha, enquanto que na minissérie não. E sim, os filhos dos Salinas são meras figurações, embora na minissérie, o primogênito tenha algumas falas. No filme de Visconti tudo é over, interessante poder observar como a estética cinematográfica também muda através dos tempos. Enfim, foi ótimo ver as duas versões.
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