OS MORADORES DE RUA EM ITAIPAVA SÃO INVISÍVEIS DURANTE O DIA
Quando vim morar na Serra fluminense, em Itaipava, para ser mais precisa, fiquei impressionada porque não via mendigos, pivetes e ninguém dormindo na rua. É bem verdade que o clima da cidade não propicia o ficar na rua, acho que morreriam congelados, mas hoje a situação mudou radicalmente. Os infelizes saem para rua, quando a cidade se prepara para o anoitecer, e dezenas se alocam pelas ruas, perto de supermercados, farmácias e lojas. Na madrugada de ontem, morreu um em frente a loja onde compro ração para os meus cachorros. Passei por ele hoje de manhã, e não o vi, coberto por um pano imundo, mas me chamou a atenção o carro de polícia e os policiais fora do carro falando ao celular. Soube que uma alma passou por ele, que se queixava de dores no estômago e cobriu-o com um cobertor, e logo depois o morador de rua morreu. É um choque, coitado, ninguém imagina como é o chamado da morte, mas num átimo realmente desejo que ele tenha ido rápido, quando sua vida aqui não valia a pena. Melhor