DOWNTON ABBEY RIDES AGAIN
E Downtown Abbey está no final. A temporada, exibida aqui no GNT e no + Globosat, encheu os olhos. Adoro o seriado, gosto do sotaque inglês e não há ator melhor do que o inglês. Isso não significa que não existam outros maravilhosos aqui e algures, mas o inglês sabe representar. E é uma atividade que vem com eles desde a escola, como os americanos. Se alfabetizam e aprendem a fazer teatro desde cedo. Perco-me viajando nas interpretações, é difícil dizer quem está melhor ou pior, o nível é lá em cima. Ademais, tem a própria história da Inglaterra, antes da Primeira Guerra Mundial e após. Vamos ver agora a mudança de costumes, que já se esboçou na última temporada. Os nobres não vão conseguir manter aquele aparato todo, tantos criados, aquele mansão extraordinária, tantos quartos, faria a alegria de Stédile e seus asseclas. A mulher sendo inserida no mercado de trabalho também é interessante notar. O personagem da Edith Grantham é ótimo. Ela se fragiliza perante Mary, praticamente uma algoz em relação à irmã, embora use e abuse da ironia britânica, todavia é ela quem está no mercado, dirigindo uma editora e criando a filha que teve com Gregson, que sumiu do seriado. Sumiu, não é bem o termo, foi para a Alemanha e não voltou. Presume-se que tenha morrido. Pego-me pensando no destino de Mary. O que será que Julian Fellowes preparou para ela. O que me encanta também é o humor inglês, tão diferente do nosso, e tão mais elegante, porque, claro falado com aquele sotaque, kkkkk. Amo esse tipo de ironia, humor, cutucar com elegância, fica bonito, não fica? A cena de Pattmore com Carlson ( que ator!!) sobre os deveres do matrimônio foi divertidíssima. Ela querendo saber se ele pretendia consumir o ato com Mrs. Hughes foi divertida e inteligente, tudo sem explicitação de palavras e sim com reticências e olhares enviesados. Como mudaram os costumes, ainda bem.
Enfim, estava com tanta saudade que vi a reprise no dia seguinte. Que venha o filme.
Comentários