Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2010
Imagem
O LIVRO DE SALADINO DE TARIQ ALI Quando criança e adolescente me deliciava com As Mil e Uma Noites, me via como a uma Sherazade e ainda lia Malba Tahan que não era árabe e sim um Mello e Souza. E nunca mais li literatura árabe, portanto foi muito bom me afundar na prosa de Tariq Ali. O LIVRO DE SALADINO é cativante, conta a história de Saladino, um sultão de origem curda que lutou contra os Cruzados e conquistou Jerusalém em 1187, numa época em que judeus e muçulmanos viviam bem, sem esse ódio medonho de hoje em dia... então é possível. As lutas travadas entre eles e o povo islâmico eram bárbaras, os primeiros querendo impor sua religião, matando em nome de deus e os segundos se defendendo, matando e conquistando em nome de Alá. Desde sempre as pessoas se matam por um deus qualquer. A região do oriente médio é mesmo complicada, lá viveram Jesus, Maomé e Moisés, parece que é sina viver em guerra, cada um defendendo como pode Deus, Alá e Jeová. Enfim, lendo o livro nós nos aprofundamo
Não sei o que acontece comigo, mas o fato é que quanto mais leio sobre essa maneira de fazer política do PT, mais nojo tenho da política, ainda mais de um partido que pregava transparência, ética, e hoje faz exatamente o contrário. Não engulo a Dilma Rousseff, tudo nela me causa enfado, sua voz, sua postura, seu extreme makeover, bem como a atitude do presidente Lula, desrespeitando sua posição de presidente e mostrando uma faceta autoritária, debochada, indigna de sua posição – se ele não obedece as leis, se mostra esse desrespeito todo, que péssimo exemplo, para milhões de brasileiros que veem nele o salvador da pátria, o deus dos programas assistencialistas, o mago que está tirando as pessoas da pobreza, dando o peixe, no entanto sem mostrar como se pesca. É aquela história: quem nunca comeu melado, quando come se lambuza. Viva Fernando Henrique Cardoso que não tinha os índices de popularidade de Lula, mas soube honrar o cargo. Leio sobre Erenice Guerra e entendo como essa gental
VIOLÊNCIA, BALA PERDIDA, MORTES E SOFRIMENTO DOS PARENTES, A SITUAÇÃO DO RIO DE JANEIRO É TÃO RUIM QUANTO A DO IRAQUE, AFGANISTÃO, FAIXA DE GAZA, NÃO ENXERGAR ISSO É CEGUEIRA PATRIÓTICA. VIVER NUMA CIDADE ASSIM É PASSAPORTE PARA A MORTE A QUALQUER MINUTO. FICO IMAGINANDO QUE TIPO DE GOVERNO DILMA ROUSSEFF FARÁ CASO ELEITA. A MANEIRA DO PT FAZER POLÍTICA É NOJENTA. GENTE CUIDADO, CRIVELLA E CÉSAR MAIA PARA SENADORES DO RIO É UMA ROUBADA. CRIVELLA POR SER LIGADO AO BISPO MACEDO, EVANGÉLICO, IMAGINEM O HORROR DOS EVENTOS EVANGÉLICOS APOIADOS INCONDICIONALMENTE POR ELE PELA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. TODOS SE LEMBRAM DO TERROR QUE FOI O ÚLTIMO, O TRÂNSITO PAROU E NINGUÉM PODE IR A LUGAR ALGUM, ENTÃO A COISA VAI PIORAR. E CÉSAR MAIA PELO POLÍTICO ABAIXO DA CRÍTICA NOS ÚLTIMOS ANOS, FOI UM PÉSSIMO PREFEITO NAS SUA ÚLTIMAS GESTÕES, A CIDADE DO RIO FICOU SEM COMANDO, FORA O DEBOCHE DELE PARA COM OS HABITANTES DA CIDADE. CHEGA. O PIOR É QUE LINDBERG NÃO FAZ A MINHA CABEÇA. CUBA Com a deci

FERNANDA TORRES

Nunca tinha lido nada escrito por Fernanda Torres e foi com curiosidade que li seu artigo na Veja-Rio – Estética, e gostei bastante do que li. Ela fala da estética arquitetônica que arruinou o Rio de Janeiro, apesar de termos nomes brilhantes na nossa arquitetura. Concordo com ela ao se referir na feiura dos prédios que ladeiam a Presidente Vargas, nos prédios colados uns aos outros em todos os bairros, obstruindo a ventilação necessária para uma qualidade de vida melhor, numa cidade quentíssima (hoje é obrigatório ter vãos de ventilação entre os prédios). Ela cita a Avenida Atlântica, exemplo melhor não poderia ter. Depois de uma vida inteira morando em prédios com montes de vizinhos, barulhos urbanos e outros que tais, tenho que concordar com ela, vivemos mal, todos entulhados numa falsa ideia de moradia ideal. E ela cita outro fato interessante: apartamentos na Vieira Souto com vista magnífica na sala enquanto que os quartos e a cozinha dão para a cloaca de trás, sem a menor graça.

O BEM AMADO

Imagem
Guel Arraes, Cláudio Paiva, Nanine, Wilker, Beltrão, Polessa, Moraes, Blat, Flor Maria, Nachtergaele, Caetano, que delícia, veja só que time, o filme só podia ser mesmo muito bom. Amo o regionalismo dos filmes brasileiros, principalmente do Nordeste, onde o sotaque cantante, como dizeres totalmente diferentes do resto do país, me deixa com um sorriso permanente na boca e uma vontade enorme de entra naquela vida e participar do enredo, miando que nem eles. Marco Nanini é um ator extraordinário que passeia do drama à comédia sempre com a maior competência, e o reputo como um dos melhores atores brasileiros de sua geração. Me lembro de uma peça em que ele contracenou com Juliana Carneiro da Cunha, dirigida pelo Aderbal, que na época era Aderbal Filho, que foi fantástica – que pena que me foge o nome da peça e seu autor- acho que era Vianinha e pode ser que tenha sido Mão na Luva, se alguém que me estiver lendo e puder ajudar, no acerto ou no erro, agradeço. Pois bem, Nanini me fez esquec
A SECA QUE DEVASTA NOSSAS MATAS Foi hoje, aqui em Itaipava, para onde acabei de me mudar que vi o fogo na mata. É impressionante como as labaredas descem morro abaixo e vão se alastrando pelos lados, fora o fumacê que sobe para os céus. Fiquei por um momento preocupada, mas relaxei quando soube que os funcionários do IBAMA tinham sido chamados e estavam fazendo o melhor que podiam, por estar a montanha em área de difícil acesso. E esse fato está tomando o país inteiro. Dia desses mesmo, nas minhas caminhadas diurnas, vi um cigarro jogado fora ainda com a labareda acesa, ao pé das folhagens do barranco, e não tive dó nem piedade ao pisar na pontinha que podia causar um estrago maior, nunca se sabe. A consciência ecológica aqui no Vale do Cuiabá é notável, a Associação de Moradores do local é presidida por uma pessoa muito simpática e atuante, e há núcleos comunitários desenvolvendo um trabalho consciente visando a sustentabilidade da região. Passo por rios limpíssimos e tudo é bast

LABIRINTO DE ESPELHOS DE JOSUÉ MONTELLO

O livro descansava na minha estante. Olhava para ele e não me animava a lê-lo, haviam tantos outros e eu preterindo o escritor maranhense, mais um, até que um dia, de muito frio e de pouco fazer aqui na serra das Itaipavas, tirei-o da estante e sempre que acontece quando a narrativa é boa, devorei-o em poucos dias. É interessante a história que se passa em São Luís, com seus casarões, seus hábitos, sua gente. Os herdeiros de Tia Marta, uma senhora rica por conta de um casamento abastado, e viúva poucos meses depois das núpcias, é bajulada pela parentada pobre que almeja vê-la morta para usufruir da herança. A velha é astuta e a tudo vê e ainda faz troça da situação. Se lê bem o livro, escrito da maneira do português que aprendi no colégio e que hoje soa estranho.