THREE IDENTICAL STRANGERS E MINHA VIDA NADA ORTODOXA

     O que elas têm em comum? Focam na vida de judeus americanos. A primeira é sobre trigêmeos separados ao nascer. A jovem mãe deixou-os numa instituição judaica, eles foram doados à famílias diferentes e 19 anos depois se reencontraram.  O documentário é real, embora pareça ficcional. Na verdade foi um experimentos que teve os irmãos como cobaias. O pais adotivos não sabiam da existência dos outros meninos, mas foram avisados que seus filhos passariam por constantes avaliações médicas e psicológicas a fim de acompanhá-los no desenvolvimento com suas famílias. Estranho, para ficar na superfície, vindo de uma instituição judaica, uma vez que os experimentos nazistas, muito piores, já eram de conhecimento de todos.  O holocausto ceifou milhares de vidas, os nazistas foram demoníacos, como eu disse, o experimento americano foi diferente, embora tenha causado suicídio em um dos irmãos. Então, bom não foi. Muito bom o documentário, vale a pena assistir.

Já a Minha vida nada ortodoxa , um reality foca a vida de uma estilista e empresária americana. Ela é CEO da Elite World Group, que não é pouca coisa. O bizarro da questão é que a moça era judia ortodoxa, daquelas que se cobriam da cabeça aos pés e usavam peruca. Pois é, aos 40 anos ela se alforria e  junto com os seus três filhos sai da comunidade e vai tentar conquistar New York, com um pulo gigantesco, que teve como base seu talento e criatividade, pois enquanto estava coberta desenhava sapatos incríveis que tiveram boa aceitação no mercado. O mais novo ficou com o pai e é ortodoxo da cabeça aos pés.

Interessante observar que de completamente envelopada no seu vestiário, Julia, agora Haart, se desnudou por inteiro, usando decotes generosos, saias curtíssimas e saltos vertiginosos. Uma figura excêntrica, em se levando em conta sua figura esquelética e mignon. Suas meninas são fortes, inteligentes e criativas, em compensação seus filhos são amorfos, principalmente o caçula, que me pareceu bem problemático. 

Nesse tipo de filme observo o comportamento das pessoas. Fico simplesmente fascinada. Julia é um poço de generosidade, fica claro no documentário, e ela é o centro de tudo. O maridão, italiano, que também adotou o Haart, embora conserve o sobrenome pátrio, é seu sócio e me pareceu bem apaixonado. O esforço do marido de sua filha mais velha me comoveu. O rapaz faz um esforço considerável para acompanhar o desenvolvimento de Batsheva, uma moça linda, antenada e muito forte.  E por ai vai, se acompanha até o primeiro encontro de Shlomo, seu filho mais velho, que me parece totalmente eclipsado pelas mulheres fortes de sua família. Eu gostei de ver, não é uma maravilha, seria se fosse psicóloga, pois os personagens são páginas a serem interpretadas.

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