O Ninho de Manon

Acho um crime essa greve dos professores da rede pública estadual do Estado do Rio de Janeiro. Os alunos ficaram quatro, cinco meses, por aí, sem aula e os danos são irreparáveis. Num país, num estado onde a educação acadêmica é uma das piores no mundo, imagine essa criançada disputando emprego daqui a uns quinze, vinte anos com a outros que tiveram melhor sorte, bons colégios particulares, bi lingues e por aí vai. Vão ficar na rebarba e não vai adiantar o sistema de cotas. E nem sei se passam em concurso público. Espanta-me declarações de secretários medíocres afirmando que no ano que vem os estudantes que ficaram sem aula vão entrar na faculdade -vamos dar um jeito - falou mais ou menos isso, está no jornal de hoje. Claro que não vão ter competência acadêmica para seguir ou entender o que estará sendo ensinando. Gostaria de ver os país desses alunos brigando, exigindo aulas, exigindo o cumprimento da constituição, mas pelo menos aqui no meu pedaço não vi nada. Tristeza. Os professor

João Santana está coberto de razão, tudo neste país é caixa dois. Está no médico de qualquer plano de cirurgia que cobra por fora, e pede que não declare o valor recebido ao Imposto de Renda, embora a cirurgia seja coberta pelo plano. No dentista que cobra mais barato para que o cliente não declare no IR, e outros profissionais que fazem exatamente a mesma coisa, nos locatários que não declaram seus alugueis, enfim, esse é o país em que vivemos. Claro, que não passo a mão pela cabeça de João e de sua mulher - não vou esquecer o sorriso cínico ao ser presa, mas ele está certo. E tenho minhas dúvidas se esta prática vai acabar. Estamos corrompidos como povo, e quem dá o exemplo é esta turma da república de Curitiba, agora seguida por outros promotores em outras regiões do país.

Desde que vim morar em Itaipava -6 anos agora em agosto, nunca vi um lugar se deteriorar tão depressa. E falo no trânsito, no aumento de condomínios à beira da Estrada União e Indústria que é mão dupla desde Petrópolis até a Posse, na falta de conservação das encostas, e na ausência total do poder municipal, que não investe - e não é por causa da crise, nunca fizeram nada -, no acesso a estradas vicinais que poderiam aliviar o pesado trânsito nos poucos quilômetros que cortam Itaipava, e que, claro, continuam até Petrópolis. Faz-se o trajeto em mão dupla, com carros, caminhões cruzando as pistas a todo momento., e ainda com os malditos quebra molas. A outra opção é  a BR-040. Quando há festas no Parque, geralmente no sábado, o trânsito para literalmente. E pensam que há policiais para ajudar no caos que se instala? Claro que não. É simplesmente um horror sair aos sábados quando há festa, que fica pior, e também quando não há festa, onde a cidade fica entupida de visitantes. E não há

Fico pasma com a voracidade que existe hoje em dia na mídia. Marcus Majella é engraçado, não resta a menor dúvida, mas não tem estofo pra comandar programa de humor, e o resultado se faz presente neste horror que é Ferdinando Show. Havia um outro anterior a esse que também era muito ruim. Desperdiçar tempo e dinheiro com esse tipo de humor, me faz perguntar, que tipo de audiência estão querendo alcançar.  A vulgaridade e baixaria imperam e a audiência acha graça;;;;;

Acerta Eduardo Paes ao falar sobre a crise na saúde, violência escancarada, e esqueceu de falar nos salários da patuleia do Excecutivo à mercê da vontade de um senhor governador interino que não sabia que o abacaxi ia cair no colo dele, achando que ser vice é receber salário e contar com o Aldemário para levá-lo pra lá e cá. É inacreditável o que acontece com as finanças do Estado. Não se pode acreditar que este Estado esteja falido sem possibilidades de pagar salário, quando sabemos todos que as castas do Judiciário e do Legislativo não tiveram um dia de atraso nos seus gordos proventos. Então, algo errado já começa aí. Quanto a saúde convenhamos que ela está em crise há muito tempo, sem que o Estado resolvesse a questão. A educação nunca foi um primor, embora conte com uma secretaria estufada e ainda com um conselho educacional, que nós deste lado, não sabemos o que delibera. Vemos sim, escolas sem professores, violência contra os professores e prédios depredados. Agora, e o