FOI HÁ 30 ANOS ATRÁS QUE A VIOLÊNCIA SE INSTALOU NO RIO DE JANEIRO COMO UMA PRAGA

Os mais velhos com certeza se lembram que foi exatamente na década de 80 que os pivetes começaram a ser notícia roubando cordões de ouro das mulheres, e todo mundo tinha o seu cordãozinho. Não era tempo de celulares ou tablets. Alguma coisa foi feita? Não. E continuou. Evoluiu para o roubo de tênis. Lembram? Os jovens daquela época, hoje com certeza já pais sempre tinham seus tênis, vindos dos States, roubados. Andar de ônibus ficou perigoso. Assaltava-se dentro dos veículos. Ainda não havia o metrô e pequenos assaltos urbanos recrudesciam. Eram de uma ousadia a toda prova. Alguma coisa foi feita? Não. Saía apenas a notícia no jornal. Os hábitos mudavam: as mulheres desistiram de usar seus cordões, as crianças usavam tênis velho e evitavam usar relógio, e o tempo foi passando. Depois passaram a roubar bancos. Mas, os banqueiros investiram em segurança, com câmeras, seguranças, e hoje é mais seguro estar dentro de um banco do que em qualquer praia no Rio de Janeiro. Em 1990 começaram os arrastões nas praias. Já são vinte anos de prática. Provavelmente hoje os"praticantes" são os filhos da turma que iniciou, quem sabe?
30 anos se passaram para ser bem exatos. Desigualdade social, inflação alta, falta de escolas, creches, falta de políticas sociais e com famílias desestruturadas as crianças geradas nesse contexto não têm com o que sonhar. O dinheiro fácil da droga é estimulante,  migrar para a marginalidade é um pulo, porque não têm possibilidade econômica ou social de subir na vida. E como é fácil roubar e matar. Pega o cidadão desprevenido. Rola uma adrenalina, sentem prazer. Claro como água. E como se mostram as autoridades? Hipócritas o tempo todo, pois nada fizeram: Moreira Franco, Brizola, Marcelo Alencar, Garotinhos, Sérgio Cabral, Pezão. Então é o que se vê hoje no Rio de Janeiro e no Brasil todo. Jovens, adultos bandidos que matam, esfaqueiam, roubam até porque não têm mesmo nada do que esperar da vida. 30 anos se passaram e não se pensou em políticas sociais, ou dar infraestrutura nas favelas onde serviços básicos fossem oferecidos à população: de dentistas, à atividades artísticas onde as crianças pudessem se abrigar. Tem alguma coisa nesse sentido, o Afro-Reggaes, dança clássica, pequenas orquestras, mas ainda é pouco. Não é mesmo mais possível se viver numa cidade onde o cidadão ou turista não  possa andar em paz como anda-se em Istambul, Roma, Atenas. Pezãou ou Paes fizeram algum pronunciamento? Claro que não, esse tipo de atitude não faz parte da nossa cultura (ahrrr). Admiro-me quando vejo o secretário Beltrame falar a mesma coisa por anos a fio. Ele fala que há de se pensar em fazer um trabalho conjunto senão nada adianta. Aliás o que faz um homem tão digno num governo desses?

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