O Ninho de Manon

A discussão está interessante. Acompanho há dias os leitores se manifestando em relação a dublagem dos filmes e seriados da grade das tvs por assinatura. Sou visceralmente contra, acho que a dublagem altera a qualidade da obra, a interpretação fica canhestra e para quem tem problemas de audição é simplesmente um horror. Não são todos os canais que oferecem a opção de se ouvir no som original com legendas, e me sinto lesada por pagar caro por um serviço que não está funcionando a contento. Sou assinante da Sky e vejo os mesmos filmes meses seguidos pulando de um canal para o outro, sem a mínima consideração pelo espectador pagante. Cito Salt , A Troca, O Turista, e alguns outros que desde o ano passado vêm sendo exibidos quase que diariamente pelos diversos canais que exibem filmes. As novidades são poucas. A quem reclamar?

Universitários brasileiros mirem-se no exemplo dos colegas chilenos. Lá eles lutam por melhorias no ensino público para chegarem à universidade com qualidade escolar diferenciada. Aqui, o que a moçada reivindica mesmo?

Os consultórios médicos conveniados estão tratando muito mal quem paga muito bem por seus serviços. Hoje a média de espera para a consulta é de hora e meia e dependendo da especialidade do esculápio, mais ainda. Sou conveniada da Unimed e não é de hoje que escuto a mesma lenga lenga. Conveniados de planos de saúde marcam hora e  não aparecem e nem telefonaram desmarcando, por isso marcamos de dez em dez minutos, e quem chegar será atendido. Alguma coisa tem que ser feita para que se mude esse comportamento. Sugeri à secretária de um médico que anotasse o nome das pessoas que se comportam dessa maneira, e delicadamente orientasse para o procedimento correto- ah, a falta da educação imperando. Volto a me lembrar daquele ginecologista petropolitano, puto da vida por ter que atender os pobres dos planos de saúde.Vai ver que no consultório dele, cheio dos emergentes C e D, que agora podem pagar planos de saúde, o comportamento é o mesmo, marcam e não aparecem. Não suporto ter que ir a médi

Aqui na Serra, não são todos os bons filmes que chegam, mas quando chegam todos correm para o único cinema que tem- o Estação Itaipava. E foi com grande prazer que assisti a esse filme, uma ode ao amor em três instâncias: a do casal protagonista, do cão por seu dono, e do ator por seu trabalho. Rodar um filme com as características de um filme mudo em um século onde a parafernália cinematográfica está em um nível sofisticadíssimo, é uma tarefa bem difícil, que requer não só sensibilidade como competência e talento. E o diretor foi show, a direção dos atores está primorosa, e a gente se esquece até que o filme é mudo tal a força e sedução de seus personagens. Me peguei imensamente emocionada em várias cenas, o que hoje em dia não me ocorre muito facilmente, e a audiência não se mexia, aliás, a turminha de Itaipava é bem mais educada do que a carioca. Ninguém fala ao celular, e ninguém fica vendo se tem mensagem na caixa...mas isso talvez se deva ao péssimo sinal que temos por aqui.