O Ninho de Manon

Um amigo estrangeiro nunca conseguiu entender a relação promíscua entre o governo e os bicheiros durante o Carnaval. Eu também nunca entendi, para falar a verdade, e sou brasileira. A imprensa e muita gente caiu em cima do governador Moreira Franco quando ele recebeu essa turma para uma comemoração no Palácio Guanabara.Ele não se escondeu atrás da capa da hipocrisia, esfregou na cara dos hipócritas um comportamento que foi e é o usual, até que o governador Sérgio Cabral e o prefeito Paes, unidos querem mudar as regras do jogo. Já não era sem tempo.

Com certeza a esperá-lo no céu, Dalva e Herivelto. O mundo ficou triste, mas lá em cima que festa, Elis, Tom, Vinicius, Nara.

Durante o Carnaval vi Os Descendentes. A turma especializada baixou o ferro nos filmes que este ano concorrem ao Oscar. Falaram desse filme como um nada de mais e coisa e tal. Eu adorei, primeiro porque adoro o Clooney, que é único na sua faixa etária no talento e na beleza. Vê-lo já vale a ida ao cinema.Quanto ao filme é bem divertido, com situações engraçadas e personagens interessantes. Fiquei fascinada pelo roteiro, tudo super amarrado, com falas geniais ditas pelas meninas. Não adiante ter bons atores em um filme, se o roteiro não é bem escrito. Claro, sem falar no diretor, que precisa ter clara consciência do que leu e do que vai fazer. O Havaí é exuberante, bem parecendo certa cidade tropical brasileira, abaixo do Equador, com a vantagem de ser mais bonita urbanamente, limpa, com casas sem grades, civilidade no trânsito, essas coisas insignificantes, que nem sei porque estou escrevendo aqui. O roteiro narra um momento muito importante e trágico ocorrido no seio da família Biggs

Por mais que eu tente não consigo entender a política dos sem terra, seja os daqui ou os do lado de lá. Leio que o movimento daqui está perdendo força por conta das políticas sociais do governo, que bom, mas leio que lá no Paraguay a coisa anda feia, e leio também que pouco faz o governo dos dois países para impedir a matança que deve começar hoje. Os brasileiros, em menor número, com munição pronta para atacar, e os paraguaios, em maior número, munidos de qualquer coisa que machuque e mate.Estamos mal. Ainda não digeri a revolta em Port Said, na Síria continuam morrendo pessoas, na África também, os bandidos cariocas, além de continuar a invadir prédios antigos em Ipanema, quiça em outros bairros também, agora atacam al mare, empresário mata a mulher, promotora (gente fina também tem seu dia de barraco), quadrilha desvia remédio do Sus, e eu continuo desalentada ao ler que bueiros explodem, prédios desabam... a coisa não anda boa. O governador, de PARIS, deveria criar as diretrizes p

São tantas as falcatruas, os desvios do dinheiro público, a falta de vergonha na casa, e ainda por cima uma presidente que a cada ministro que cai, tece loas pelo trabalho exercido. Enquanto subsistir esse tipo de politicagem o país nunca vai chegar onde quer chegar, embora na teoria está melhor do que a Inglaterra, mas em compensação no resto...

Fiquei estarrecida ao ver as imagens dos torcedores egípcios invadindo um campo de futebol, ensandecidos e furiosos. Aqui também, as torcidas organizadas dão aulas de selvageria e acho que os Hooligans na Inglaterra também já foram bem selvagens. É impressionante como o futebol mexe com o que as pessoas têm de pior, haja visto o que a mídia mostra por aí. Jogadores endeusados podem de uma hora para o outra serem execrados. O mundo ontem com certeza, ficou pior.