DUAS LEITURAS IMPERDÍVEIS: GALERA E TEZZA
Não há nada melhor do que boa literatura, melhor até do que um bom filme, porque o leitor viaja no seu próprio filme seguindo o roteiro do escritor. Deu pra entender? Vou começar pelo Daniel Galera: Barba ensopada de sangue . Já o conhecia de uma coluna no Jornal O Globo, mas uma companheira de academia, que esteve na Suécia, me contou que o seu anfitrião lia o Galera em sueco e estava entusiasmado pelo escritor brasileiro. Ela comprou o livro acima citado, amou e me emprestou. Cruzes, credo, ave-maria, o livro é espetacular. O escritor de 30 anos mostra um amadurecimento precoce para a idade que tem pelo conflito interior que ele levanta. A narrativa é densa, penetra nas profundezas da existência do personagem, em busca do avô, para entender, quem sabe? ( esta é a minha viagem) a própria existência. O sujeito, professor de educação física, vai para Garopaba, no litoral catarinense, com a cachorra do pai, que se suicidou, e também para conhecer a história do avô, que teria morad