O Ninho de Manon

Meu Deus, a coisa aqui está pegando fogo. Cadê o governador e o Secretário de Segurança que não se manifestam? Cadê os políticos da bancada do Rio de Janeiro, vereadores, prefeito? Não é com eles. O problema é da população, dos bandidos e da polícia. Quem puder, se salva, quem não puder, morre mesmo. Todo mundo vai morrer, mais um, menos um, não faz a menor diferença. Faz se for o filho do governador, do prefeito, aí muda tudo de figura. Perdemos a guerra, não tem mesmo mais jeito.

Está na hora de educar as pessoas que visitam exposições. Não é possível admirar qualquer obra artística com as crianças gritando, correndo e falando alto. Não vi isso em lugar nenhum do mundo. Os seguranças do museu pedem para fazer silêncio e ninguém obedece. Professores falam alto dando explicações a alunos de 5 anos. Mas a exposição é admirável, criativa, genial.

A coisa tá feia. Se não houver uma reforma parlamentar de categoria nós vamos para um buraco mais fundo do que esse e de lá não sairemos. Não é possível tanta desfasatez com o dinheiro público. Não é possível essa dinheirama escorrendo pelo ralo. Não é possível que não se escute uma voz que seja contra isso. Não é possível existir uma classe parlamentar tão ordinária. Perdi totalmente a esperança nesse país. Nascemos subdesenvolvidos, encolhidos de idéias e assim ficaremos. Somos subdesenvolvidos na educação, na cultura, na política, nos transportes, na saúde.

Ninguém merece essa tropa de choque. Agora, duvido mesmo que isso aqui tenha jeito. Chegamos ao fim do poço com esses políticos e essa política de barganha do PT. O Brasil está involuindo. Não se investe na infraestrutura de base e ainda por cima com essa corrupção e esses políticos de merda, o sonho, pelo menos pra mim, acabou.

Fui apresentada a Alcione Araujo há cerca de 30 anos em Belo Horizonte. Conhecia o dramaturgo, mas não conhecia o escritor. Foi minha comadre que me emprestou o deslumbrante Pássaros de voos curtos, que eu recomendo enfaticamente. Um dos melhores livros que li na vida. Como disse Veríssimo na contracapa, é um transatlântico carregado de personagens. Alcione conduz, com maestria, as histórias de seus personagens e vai tecendo uma narrativa rica e interessante. Os acontecimentos vão se entrelaçando e ele brinca com o atemporal. Ora é o agora, ora é o ontem, o que eu gosto muito. Os personagens são fascinantes, impossível não se apaixonar. O livro mexeu tanto comigo que eu impulsionada pela leitura arrebatadora, danei de escrever. Inclusive, mexi num livro inteiro por conta de Pássaros de voos curtos. Comprem o livro.

Não dá para entender o pensamento dos homens da Igreja, e pior, que se dizem representantes de Cristo na terra. Imagina se Jesus Cristo precisa de representante, ainda por cima retrógado e preconceituoso. Imagina se os médicos se importaram com a excomunhão? Dentro da Igreja Católica há ladrão, pedófilo e hipócritas. Como há também nas outras instiutições religiosas. Fujo deles. E como fica o estrupador? Não foi excomungado. Pela Igreja de Recife o mal pior foi de quem fez o aborto. Pobre infeliz de quem acredita nisso.